O tíquete médio dos consórcios de veículos pesados no Brasil registrou uma alta expressiva de 37,6% em maio de 2025, saltando de R$ 180,9 mil em maio de 2024 para R$ 248,8 mil, segundo relatório da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (Abac) divulgado em 27 de junho. O aumento reflete a transição para a tecnologia Euro 6, implementada em janeiro de 2024 para todos os veículos pesados novos, que elevou os preços devido a sistemas de emissões mais avançados. Em contrapartida, o estoque de modelos Euro 4, mais baratos, foi esgotado nos primeiros meses de 2024, contribuindo para a disparidade. , destaca o impacto da norma ambiental no mercado de consórcios.
Impacto da Transição para Euro 6
A adoção dos padrões PROCONVE P-8 (equivalentes ao Euro 6), exigida desde janeiro de 2023 para vendas e registros de veículos pesados, conforme a Resolução Conama nº 490/2018, trouxe tecnologias de pós-tratamento de emissões mais avançadas, como catalisadores SCR e filtros de partículas (DPF). Essas inovações aumentaram os custos de produção de caminhões, ônibus, tratores e implementos rodoviários. Em 2024, os estoques remanescentes de modelos Euro 4 (P-5), com preços mais acessíveis, foram vendidos, reduzindo o tíquete médio inicial. Em 2025, com o mercado dominado por modelos Euro 6, o preço médio dos veículos pesados subiu significativamente, refletido no consórcio.
Segundo a Abac, o tíquete médio de R$ 248,8 mil em maio de 2025 para veículos pesados inclui:
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Caminhões pesados (acima de 16 toneladas): Média de R$ 300 mil a R$ 500 mil, como o Volvo FH 540 ou Scania R 450.
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Ônibus: Média de R$ 350 mil, como o Marcopolo G8.
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Tratores e implementos: Média de R$ 200 mil, como os da John Deere ou Randon.
A Bright Consulting estima que o custo adicional do Euro 6 elevou os preços em 15-20% para caminhões e 25% para ônibus, impactando diretamente o consórcio, onde o financiamento a longo prazo (até 84 meses) é atrativo para frotistas e autônomos.
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