Entenda o aumento do imposto de importação para carros elétricos (BEV), híbridos plug-in (PHEV) e híbridos (HEV) a partir de 1º de julho de 2025 no Brasil. Descubra as estratégias da BYD e GWM e o impacto no setor automotivo.
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A partir de 1º de julho de 2025, o Brasil avança em mais uma etapa da retomada gradual do imposto de importação sobre veículos eletrificados. Essa medida, parte de um cronograma iniciado no final de 2023 pelo governo federal, impacta diretamente os preços dos carros elétricos a bateria (BEV), híbridos plug-in (PHEV) e híbridos convencionais (HEV) no mercado nacional.
De acordo com a nova tabela divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as alíquotas de importação foram ajustadas da seguinte forma:
É importante notar que essa é uma etapa intermediária. Em julho de 2026, todos os tipos de veículos eletrificados estarão sujeitos a uma alíquota única de 35%.
Apesar do aumento, o impacto imediato nos preços ao consumidor pode ser mais contido do que o esperado, especialmente para as marcas que se anteciparam a esse novo cenário tributário. BYD e GWM são exemplos claros de empresas que se movimentaram estrategicamente para minimizar os efeitos da ele elevação dos tributos.
A BYD, por exemplo, agiu rapidamente e trouxe um último lote de aproximadamente 7 mil unidades para o Brasil antes do dia 1º de julho. O objetivo é garantir um estoque robusto que permita à empresa manter os preços dos seus veículos mais estáveis no curto prazo. Além disso, a gigante chinesa está finalizando os preparativos para o início da montagem de seus veículos em sua fábrica em Camaçari (BA), com evento de inauguração previsto para hoje, 1º de julho.
A GWM segue uma abordagem similar, com o início da montagem de seus veículos programado para julho em sua unidade de Iracemápolis (SP). Ambas as empresas farão uso dos sistemas CKD (Completely Knocked Down) e SKD (Semi Knocked Down). Nesses modelos, os veículos chegam ao Brasil desmontados ou parcialmente montados, o que permite a aplicação de alíquotas de importação menores — atualmente de 16% para CKD e 18% para SKD. Essa estratégia logística e industrial é crucial para mitigar o impacto da tributação total sobre veículos importados prontos, mantendo a oferta no mercado brasileiro com preços mais competitivos.
A retomada progressiva do imposto sobre eletrificados tem gerado debates e críticas por parte de entidades do setor. A Anfavea, associação que representa as montadoras instaladas no Brasil, chegou a defender o retorno imediato da alíquota de 35%, argumentando a necessidade de garantir uma isonomia competitiva entre fabricantes nacionais e importadores.
Especialistas de mercado alertam que, com a elevação progressiva dos tributos, outras marcas que dependem exclusivamente da importação de veículos prontos poderão ser forçadas a rever seus preços e posicionamentos no Brasil. Empresas com planos de operações industriais futuras no país, como a Chery, podem acelerar seus projetos de produção nacional para se adequarem a essa mudança de cenário e manterem sua competitividade.
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