A Michelin encerrará a produção em sua fábrica de Guarulhos (SP) até 2025. Saiba por que a concorrência de pneus importados levou a essa decisão e qual o impacto no mercado brasileiro.
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A Michelin, gigante francesa do setor de pneus, anunciou o encerramento das operações produtivas de sua unidade em Guarulhos, São Paulo, até o final de 2025. A decisão, segundo a fabricante, é motivada pela inviabilidade econômica de manter as atividades diante do aumento da concorrência de produtos importados, cujos preços são inferiores aos custos de produção local.
A fábrica de Guarulhos é especializada na produção de câmaras de ar para motos e bicicletas, pneus industriais e componentes essenciais para outras unidades da Michelin. O fechamento da planta resultará no desligamento de 350 funcionários. A empresa informou que está em negociação com o sindicato da categoria para definir um pacote de desligamento, que incluirá compensação financeira e orientação profissional para os afetados.
Apesar do encerramento em Guarulhos, a Michelin reforça seu compromisso com o Brasil, destacando que suas outras operações industriais no país permanecem ativas. A multinacional francesa conta com oito fábricas no Brasil e emprega mais de 8 mil pessoas em toda a cadeia de valor do setor, abrangendo desde pesquisa e desenvolvimento até a reciclagem de pneus.
O cenário para a indústria de pneus no Brasil tem sido desafiador. Um balanço do quadrimestre, consolidado pela Associação Nacional da Indústria de Pneus (Anip), revela um recuo de 4,3% no volume de pneus negociados em comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando 15,99 milhões de unidades vendidas para montadoras e o mercado de reposição. A decisão da Michelin em Guarulhos reflete as pressões que o setor vem enfrentando com a dinâmica do mercado e a competitividade dos produtos importados.
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