RESUMO POR IA
A BYD rescindiu o contrato com a Jinjiang Construction Brazil Ltda após uma operação das autoridades brasileiras resgatar 163 trabalhadores em condições análogas à escravidão na obra da fábrica em Camaçari, Bahia. As inspeções revelaram alojamentos e condições de trabalho degradantes, incluindo práticas de trabalho forçado como retenção de documentos e cobrança de caução para rescisão. Com a paralisação parcial das obras, a produção prevista para março está em risco, e uma audiência virtual será realizada para discutir os próximos passos.
A montadora chinesa BYD anunciou a rescisão imediata do contrato com a Jinjiang Construction Brazil Ltda, responsável por parte da construção de sua fábrica em Camaçari, Bahia, após uma operação de fiscalização que revelou práticas laborais análogas à escravidão. A ação mobilizou uma força-tarefa formada por órgãos como o Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ministério Público Federal (MPF), e Polícia Federal (PF), resultando no resgate de 163 trabalhadores em condições precárias.
As inspeções, iniciadas em novembro, identificaram alojamentos com infraestrutura abaixo do aceitável: camas sem colchões, falta de armários, alimentos armazenados de maneira inadequada e banheiros insuficientes e em estado de higiene deplorável. A alimentação dos trabalhadores era preparada em cozinhas improvisadas, com alimentos próximos a materiais de construção, sem tratamento adequado da água.
Há também relatos de práticas de trabalho forçado, como retenção de passaportes, cobrança de caução para rescisão contratual, retenção de grande parte dos salários em moeda chinesa, e obrigação de custear o retorno ao país de origem. A carga horária extenuante, chegando a 10 horas diárias sem folgas regulares, foi exacerbada por casos como o de um trabalhador que ficou 25 dias sem descanso após um acidente no trabalho.
Com a rescisão, as obras da fábrica de Camaçari, que tinha a expectativa de começar a produção de veículos em regime SKD em março, encontram-se parcialmente paralisadas. A continuidade do projeto agora depende de novas medidas de regularização e de uma audiência virtual agendada para o dia 26 de dezembro, onde serão discutidos os próximos passos para a BYD no Brasil.
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