Um estudo recente da Bain & Company revela que um em cada quatro brasileiros está considerando adquirir um veículo elétrico. Este crescente interesse é apoiado pela rápida expansão do mercado local, com a Associação Brasileira de Veículos Elétricos prevendo um triplicar do número de postos de carregamento para 10 mil até 2025.
Apesar do aumento iminente dos impostos para importação de modelos de veículos elétricos, que podem chegar a 35% até 2026, o mercado continua acelerando. De acordo com um relatório do Rocky Mountain Institute (RMI), os veículos elétricos devem representar 86% do mercado até o final da década. Um dos fatores que impulsionam esse crescimento é a entrada de novos fabricantes no mercado brasileiro.
A fabricante chinesa BYD anunciou recentemente um investimento de R$5,5 bilhões para iniciar a produção local no segundo semestre, oferecendo uma opção mais acessível para brasileiros que desejam adquirir um veículo elétrico sem os altos custos de importação. Atualmente, a BYD vende o modelo mais barato da categoria no país, iniciando a partir de R$115,8 mil.
No entanto, o crescimento dos veículos elétricos no Brasil é prejudicado pelo alto custo de aquisição. De acordo com uma pesquisa da Ipsos Drivers, 48% dos interessados encontram o preço desencorajador. Mateus Afonso, fundador da Eletricar, observa que “o segmento está se atualizando rapidamente e os veículos ficarão cada vez melhores, assim como as condições para a compra”. Ele enfatiza: “Neste momento, o mais importante é começar a considerar a troca do modelo a combustão pelo elétrico até o final da década, além, claro, de começar a reservar o investimento que pretende fazer”.
A Klubi, única fintech autorizada pelo Banco Central a operar com consórcios no país, publica conteúdo semanal com dicas sobre carros elétricos. A Klubi oferece atualmente um consórcio automotivo de R$50 mil a R$200 mil, com planos de até 100 meses.
Para o CEO Eduardo Rocha, os consórcios se destacam para motoristas que desejam adquirir um veículo de forma planejada e são uma excelente alternativa para evitar os financiamentos, que podem cobrar até 30% ao ano do consumidor. “No consórcio de um veículo elétrico, o interessado pode até mesmo oferecer o valor do seu carro a combustão como um lance para acelerar seu plano de dirigir um veículo movido à bateria”, conclui o CEO.