RESUMO POR IA A Volvo Cars anunciou a saída imediata do CEO Jim Rowan após três anos no cargo, em meio a desafios como a desaceleração nas vendas de elétricos e pressões geopolíticas, incluindo sobretaxas a modelos como o EX30. Hakan Samuelsson, ex-CEO da Volvo (2012-2022) e ex-presidente da Polestar, retoma o comando em caráter […]
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A Volvo Cars anunciou a saída imediata do CEO Jim Rowan após três anos no cargo, em meio a desafios como a desaceleração nas vendas de elétricos e pressões geopolíticas, incluindo sobretaxas a modelos como o EX30. Hakan Samuelsson, ex-CEO da Volvo (2012-2022) e ex-presidente da Polestar, retoma o comando em caráter temporário por até dois anos, trazendo experiência para lidar com a transição elétrica e os obstáculos comerciais. A mudança reflete a necessidade de uma liderança com conhecimento industrial profundo, já que a montadora busca reajustar sua estratégia diante da demanda global por veículos menos poluentes, sem abandonar os híbridos no curto prazo.
A Volvo Cars surpreendeu o mercado automotivo ao anunciar, neste domingo (30), a saída imediata de Jim Rowan do cargo de CEO após apenas três anos à frente da empresa. A decisão, tomada pelo conselho de administração da montadora — controlada pelo grupo chinês Geely desde 2010 —, também remove Rowan do board da companhia. Seu último dia será esta segunda-feira (31), em um momento crítico para o setor, marcado por incertezas tecnológicas, concorrência acirrada e barreiras comerciais.
Rowan deixa o cargo em um cenário desafiador para a Volvo, que, como outras fabricantes, enfrenta vendas abaixo do esperado para veículos elétricos (BEVs) nos principais mercados. A estratégia da marca de se tornar totalmente elétrica até 2030, definida sob o comando de seu antecessor, Hakan Samuelsson, foi revisada por Rowan, que optou por estender a produção de híbridos diante da demanda global menos aquecida.
Retorno de um veterano
Para assumir o posto durante o período de transição, a Volvo traz de volta Hakan Samuelsson, de 74 anos, que comandou a empresa entre 2012 e 2022. Sua experiência à frente da Polestar — outra marca do grupo Geely — até 2024 e seu conhecimento dos desafios atuais foram fatores decisivos para a escolha. Samuelsson reassume a partir desta terça-feira (1°) e deve permanecer por até dois anos, até que um sucessor definitivo seja nomeado.
Foi durante sua gestão que a Volvo encerrou a produção de motores a diesel, em 2023, e assumiu o compromisso (agora adiado) de eletrificação total. Seu retorno ocorre em um momento de pressões adicionais: a União Europeia e os EUA impuseram sobretaxas a veículos fabricados na China — como o elétrico EX30 da Volvo —, elevando os custos em mercados-chave.
Justificativa do conselho
Em comunicado, Eric Li, presidente do conselho da Volvo Cars, destacou a necessidade de uma liderança com “experiência industrial profunda” e capacidade de execução em “ambientes difíceis”. A mensagem reforça a aposta em Samuelsson para navegar em águas turbulentas, incluindo a disputa tecnológica entre Ocidente e China e a desaceleração da demanda por BEVs.
O legado de Rowan
Jim Rowan, ex-CEO da BlackBerry e da Ember Technologies, foi contratado em 2022 para acelerar a transformação digital da Volvo, mas esbarrou em obstáculos macroeconômicos. Seu maior legado foi a flexibilização do plano de eletrificação, mantendo híbridos na linha enquanto a infraestrutura e o apetite do consumidor por elétricos amadurecem.
Agora, a Volvo precisa reequilibrar sua estratégia sob um comando experiente, enquanto concorre com rivais como Tesla e BYD em um mercado cada vez mais competitivo. A volta de Samuelsson sinaliza uma jogada conservadora, mas alinhada aos desafios imediatos: garantir rentabilidade sem abandonar a rota verde.
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