NOVIDADES - 18 de abril de 2025
Foto: divulgação

Nissan reforça aposta no Brasil com novo Kicks e investimentos em Resende

A Nissan celebra o início da produção do novo Kicks em Resende, RJ, com investimento de R$ 2,8 bilhões e meta de dobrar participação no mercado brasileiro. Saiba mais!

Por: Pablo Medeiros
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A Nissan deu um passo estratégico ao iniciar a produção do novo Kicks no Complexo Industrial de Resende, no Rio de Janeiro, com um investimento de R$ 2,8 bilhões até abril de 2026. O evento, realizado na terça-feira, 15 de abril de 2025, contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que assinou o decreto de regulamentação do programa Mover, voltado para a mobilidade verde. A cerimônia marcou não apenas o lançamento do novo modelo, mas também a ambição da montadora de transformar Resende em um polo de exportação para mais de 20 países da América Latina, incluindo o México.
Metas ambiciosas: 15% de aumento na produção e 7% do mercado brasileiro
Durante o evento, Gonzalo Ibarzábal, presidente da Nissan do Brasil, anunciou que a fábrica de Resende planeja aumentar sua produção em pelo menos 15% com a chegada do novo Kicks, o segundo modelo fabricado na unidade. Atualmente, a planta opera em dois turnos, produzindo 24 carros por hora, com capacidade de atingir 32 unidades/hora após os investimentos. Com a meta de alcançar 28 unidades/hora, a Nissan busca operar na capacidade máxima em dois turnos, ajustando o mix de produção entre o Kicks Play e o novo Kicks conforme a demanda do mercado.
Ibarzábal também revelou o objetivo de dobrar a participação da Nissan no mercado brasileiro, saindo dos atuais 3,7% para 7%. Embora sem prazo definido, a meta reflete a confiança da montadora no potencial do Brasil. “O objetivo é ir para a capacidade máxima, crescendo 15%”, afirmou o executivo, destacando a flexibilidade da planta para se adaptar às oscilações do mercado.
Modernização e exportação: Resende como polo regional
O investimento de R$ 2,8 bilhões incluiu a modernização da fábrica, que elevou o índice de automação de 55% para 84% com a instalação de novos robôs. Além do novo Kicks, que chega às concessionárias em meados de 2025, a planta produzirá um terceiro SUV, exclusivo para a região, consolidando o Brasil como um hub exportador. “Com esse projeto, o Brasil se tornará um polo exportador da marca, abastecendo mais de 20 países da América Latina”, afirmou Guy Rodriguez, presidente da Nissan para a América Latina.
Rodriguez destacou a relevância da região para a montadora: as operações latino-americanas representam 15% das vendas globais e 25% da produção mundial da Nissan. No México, a Nissan lidera o mercado há 17 anos, com 17% de participação, sendo a maior fabricante para o mercado local, com 92% das vendas na América Latina provenientes de fábricas regionais.
Competição com marcas chinesas e impacto de tarifas
Questionado sobre a crescente presença de marcas chinesas no Brasil, Rodriguez mostrou confiança na estratégia da Nissan. “Convivemos com eles em todos os lugares e conhecemos bem nossos concorrentes. Vamos continuar lutando para crescer como marca e manter a meta de 7% no mercado brasileiro”, afirmou. A montadora cresceu acima da média do mercado nos últimos dois anos e planeja repetir o desempenho em 2025 com o novo Kicks.
Sobre as tarifas de 25% impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, Rodriguez esclareceu que não há planos de alterar a estrutura produtiva da Nissan na América Latina, apesar da recente decisão de concentrar a produção da picape Frontier no México, encerrando a linha na Argentina. Ele destacou que a Nissan no México foca no mercado local, diferentemente de outras montadoras que priorizam exportações.
Desafios e oportunidades no contexto global
A Nissan enfrenta desafios globais, como a competição com montadoras chinesas e os impactos das tarifas de Trump, que afetam especialmente sua produção no México, onde fabrica modelos como o Kicks e o Sentra para exportação aos EUA. Analistas apontam que as tarifas podem pressionar os preços de veículos voltados para consumidores sensíveis a custos, mas a Nissan estuda redirecionar parte da produção mexicana para mercados como o Brasil e outros países da América Latina.
No Brasil, a Nissan se beneficia de um ambiente favorável, com incentivos do programa Mover e a retomada da industrialização, como destacou o presidente Lula durante o evento. A montadora também ampliou sua cadeia de fornecedores em Resende, criando 578 novos empregos em 2022 com a introdução do segundo turno.
Perspectivas para o futuro
Com o novo Kicks e o terceiro SUV, a Nissan reforça sua posição no mercado brasileiro e latino-americano, apostando na modernização de Resende e na expansão das exportações. A combinação de investimentos robustos, automação avançada e foco em modelos estratégicos como o Kicks posiciona a marca para enfrentar a concorrência e alcançar suas metas ambiciosas.
Para mais detalhes sobre o novo Nissan Kicks ou os planos da montadora, visite o site oficial da Nissan Brasil

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