RESUMO POR IA
A Nissan vai cortar 20% de sua capacidade produtiva global, demitir 9 mil funcionários, e vender até 10% de sua participação na Mitsubishi Motors para economizar US$ 2,6 bilhões em 2024. Diante de vendas decrescentes em mercados importantes e custos crescentes, o CEO Makoto Uchida prometeu uma reestruturação para tornar a empresa mais enxuta. Ele revisou as projeções de vendas para 3,4 milhões de veículos e o faturamento para US$ 82 bilhões, cortando seu próprio salário pela metade. A Nissan reconhece a necessidade de responder mais rapidamente às mudanças do mercado, especialmente a crescente demanda por veículos híbridos.
No contexto de um mercado automotivo em rápida transformação, a Nissan Motor Company anunciou uma série de medidas estratégicas para enfrentar a queda nas vendas e o aumento dos custos. A montadora japonesa, reconhecida como a terceira maior fabricante de veículos do Japão, vai reduzir sua capacidade produtiva mundial em 20% e reduzir seu quadro de funcionários global em 9 mil trabalhadores, representando mais de 6% de sua força de trabalho atual de 133 mil empregados.
As decisões foram comunicadas pelo CEO Makoto Uchida, que prometeu uma reviravolta no desempenho da empresa, apesar de não especificar quais regiões ou operações seriam diretamente impactadas. A Nissan também planeja vender até 10% de sua participação na Mitsubishi Motors, uma manobra que visa economizar US$ 2,6 bilhões no ano fiscal de 2024, que se encerrará em março de 2025.
Os números revelam uma realidade desafiadora: no primeiro semestre fiscal, de abril a setembro de 2024, a Nissan registrou uma receita de US$ 39 bilhões, uma queda de 1% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A empresa atribui parte dessa diminuição às vendas abaixo das expectativas em mercados cruciais como China e Estados Unidos.
Ajuste nas Projeções
Makoto Uchida reviu as projeções para o ano fiscal. A expectativa agora é vender 3,4 milhões de veículos globalmente, uma redução de 7% em relação à meta inicial. Essa nova previsão está praticamente alinhada com o volume negociado no ano fiscal anterior. O faturamento esperado também foi ajustado para US$ 82 bilhões, uma redução de cerca de 10% comparado aos US$ 91 bilhões inicialmente projetados. A Nissan optou por não fornecer uma nova estimativa de lucro, citando incertezas econômicas globais e custos crescentes relacionados à sua recuperação.
Compromisso com a Reestruturação
Uchida reconheceu a necessidade de adaptação rápida ao mercado, mencionando especificamente a crescente demanda por veículos híbridos como um fator não adequadamente respondido até o momento. Ele prometeu uma reavaliação completa das operações da Nissan, visando uma estrutura mais enxuta e resiliente.
Impacto e Perspectivas
A Nissan não é a única enfrentando esses desafios. A indústria automotiva global está passando por uma transição significativa, com o aumento da eletrificação e a competição acirrada em mercados como a China. A decisão de Uchida de cortar seu próprio salário pela metade demonstra a gravidade da situação e o compromisso com a recuperação financeira da empresa.
Estas medidas serão acompanhadas de perto pela indústria, já que a Nissan busca não apenas sobreviver, mas também reposicionar-se num cenário onde a inovação é chave para o sucesso.
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