NOVIDADES - 07 de outubro de 2024
Foto: divulgação

Motos elétricas ainda não “pegaram” no Brasil

Ao contrário do segmento de carros e comerciais leves, que viu as vendas de eletrificados dispararem 113% este ano, saltando de 57,2 mil para 122,6 mil unidades, o mercado de motos elétricas no Brasil segue estagnado. De janeiro a setembro, foram emplacadas apenas 5.260 unidades, uma queda de 19% em relação ao mesmo período de […]

Por: Pablo Medeiros
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Ao contrário do segmento de carros e comerciais leves, que viu as vendas de eletrificados dispararem 113% este ano, saltando de 57,2 mil para 122,6 mil unidades, o mercado de motos elétricas no Brasil segue estagnado. De janeiro a setembro, foram emplacadas apenas 5.260 unidades, uma queda de 19% em relação ao mesmo período de 2023, quando 6.492 motos elétricas foram licenciadas. Em setembro, foram registradas apenas 549 unidades, representando uma participação mínima de 0,35%, muito inferior aos 7% observados no caso dos veículos leves eletrificados.

Enquanto o mercado total de motocicletas alcançou 156,6 mil unidades em setembro, uma leve retração de 4,4% em relação a agosto (163,9 mil), mas com crescimento expressivo de 15,9% em comparação ao mesmo mês de 2023 (134,1 mil), as motos elétricas continuam sem deslanchar. No acumulado do ano, o setor de motos totaliza 1,41 milhão de licenciamentos, um aumento de 20% frente aos 1,18 milhão registrados nos primeiros nove meses de 2023.

Parte dessa estagnação no mercado de motos elétricas pode ser explicada pela ausência de grandes players tradicionais, como Honda e Yamaha, que ainda não oferecem modelos elétricos no Brasil. Segundo dados da Fenabrave, o ranking das marcas mais vendidas nesse segmento é dominado por fabricantes chinesas: VMOTO, com 902 unidades vendidas no ano, GCX, com 835, e Shineray, com 588. Todos os modelos são importados, inclusive os da Shineray, que monta motos no Nordeste.

A Voltz, que no ano passado teve uma participação mais significativa, desacelerou drasticamente, vendendo apenas oito unidades em setembro. Para o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr., o mercado de motocicletas elétricas ainda não se consolidou no Brasil, apesar de seu potencial futuro.

Já o mercado de motos como um todo segue em expansão, com Andreta destacando o crescimento de 20% no acumulado do ano como uma confirmação da força do setor. “Esse resultado está em linha com nossas projeções, mostrando o fortalecimento desse mercado, impulsionado pelo custo de aquisição e abastecimento mais baixos em comparação aos automóveis, além da alta demanda para uso comercial, especialmente em serviços de entrega”, afirma o executivo.

MERCADO TOTAL DE MOTOS EM SETEMBRO

Fabricante                     Quant.                          Part.
1º    HONDA                    103.675                              66,20%
    YAMAHA                  29.082                             18,57%
3º    SHINERAY                  7.646                              4,88%
4º    MOTTU                        5.099                              3,26%
5º    AVELLOZ                     1.861                               1,19%
6º    HAOJUE                      1.621                                1,04%
7º    ROYAL ENFIELD      1.598                                1,02%
8º    BMW                            1.360                                0,87%
9º    BAJAJ                             958                                 0,61%
10º  TRIUMPH                     872                                 0,56%

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