NOVIDADES - 11 de fevereiro de 2025
Foto: divulgação

Indústria automotiva inicia 2025 com déficit na balança comercial, apesar de crescimento nas exportações

RESUMO POR IA A indústria automotiva brasileira iniciou 2025 com um crescimento de 51,2% nas exportações de veículos leves, mas registrou déficit na balança comercial, com importações de 38.797 unidades superando as exportações de 27.371. O mercado de veículos leves cresceu 5,1%, impulsionado principalmente por importados, que aumentaram sua participação de 17,7% em 2024 para […]

Por: Pablo Medeiros
Compartilhe

Venha fazer parte do nosso grupo do Whatsapp e receba em primeira mão as notícias do momento!

Clique aqui

RESUMO POR IA

A indústria automotiva brasileira iniciou 2025 com um crescimento de 51,2% nas exportações de veículos leves, mas registrou déficit na balança comercial, com importações de 38.797 unidades superando as exportações de 27.371. O mercado de veículos leves cresceu 5,1%, impulsionado principalmente por importados, que aumentaram sua participação de 17,7% em 2024 para 23% em janeiro de 2025, o maior índice desde 2012. Enquanto as vendas de carros chineses e argentinos cresceram 30,7% e 31,2%, respectivamente, a produção nacional permaneceu estagnada. O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, alertou para a necessidade de medidas, como o aumento da alíquota de importação para 35%, a fim de proteger a indústria local e reequilibrar a balança comercial.

 

A indústria automotiva brasileira iniciou o ano de 2025 com um cenário contraditório: enquanto as exportações de veículos leves cresceram expressivos 51,2%, o setor registrou um déficit na balança comercial. Em janeiro, as importações de veículos leves atingiram 38.797 unidades, superando as exportações, que ficaram em 27.371 unidades. Essa diferença de 11.426 veículos a favor dos importados reforça uma tendência que começou em 2024, quando o setor automotivo nacional deixou de ser superavitário.

O mercado de veículos leves no Brasil apresentou um crescimento de 5,1% em janeiro, passando de 152,2 mil para 160 mil unidades na comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse aumento, no entanto, foi impulsionado principalmente pelos veículos importados, que tiveram um salto de 25% nas vendas, saindo de 31.031 unidades em janeiro de 2024 para 38.797 unidades no primeiro mês de 2025. Enquanto isso, a demanda por veículos produzidos no Brasil permaneceu estagnada, repetindo as 121,2 mil unidades registradas no início do ano anterior.

Participação dos importados atinge maior nível desde 2012

O reflexo desse movimento foi o aumento da participação dos veículos importados no mercado brasileiro, que subiu de uma média de 17,7% em 2024 para 23% em janeiro de 2025. Esse é o maior índice desde março de 2012, evidenciando a crescente presença de modelos estrangeiros no país.

Ao divulgar os números, o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Márcio de Lima Leite, comemorou o crescimento do mercado pelo terceiro ano consecutivo, com 160 mil emplacamentos de veículos leves em janeiro. No entanto, ele alertou para a necessidade de medidas para frear a escalada dos importados, especialmente os veículos eletrificados chineses. Lima Leite defendeu o retorno imediato da alíquota de importação para 35%, como forma de proteger a indústria nacional.

Carros chineses e argentinos lideram importações

Os veículos chineses foram os que mais se destacaram no mercado brasileiro, com um crescimento de 30,7% nas vendas em comparação com janeiro de 2024, passando de 7.958 para 10.404 unidades. Os modelos argentinos também tiveram alta significativa, de 31,2%, com as vendas subindo de 14.764 para 19.365 unidades. Por outro lado, os carros produzidos no México registraram queda de 25,7%, caindo de 3.491 para 2.595 unidades.

A diferença entre as importações da Argentina e da China está no fluxo comercial. Enquanto o Brasil exporta veículos para a Argentina, o comércio com a China é praticamente unilateral, o que tem contribuído para o déficit comercial do setor automotivo brasileiro.

Produção nacional poderia crescer mais sem pressão dos importados

Lima Leite destacou que a produção nacional de veículos poderia ter crescido acima dos 15% registrados em janeiro se as importações não tivessem mantido um ritmo acelerado de expansão. O presidente da Anfavea reiterou que esse é um desafio que persiste desde o ano passado e que exige atenção imediata para evitar impactos negativos na indústria local.

Enquanto o setor comemora o crescimento das exportações, impulsionado principalmente pela demanda argentina, o aumento das importações e a estagnação das vendas de veículos produzidos no Brasil acendem um alerta para a competitividade da indústria automotiva nacional. O cenário de 2025 sugere que o país precisará adotar estratégias eficazes para equilibrar a balança comercial e fortalecer a produção local diante da crescente concorrência internacional.

ANFAVEA industria Mercado veículos leves
Compartilhe

COMENTÁRIOS:

Nenhum comentário foi feito, seja o primeiro!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Viu isso?

Vídeos em alta