RESUMO POR IA
A Anfavea expressa preocupação com a importação de veículos, principalmente da Ásia, destacando a China como o maior fornecedor fora do Mercosul. Em 2024, as importações cresceram, com outubro registrando o maior volume mensal. Os veículos chineses, muitos elétricos e híbridos, representaram 25% do total de importados, com um aumento de 259% nos licenciamentos em relação ao ano anterior, apesar de um estoque significativo.
Pelo visto, a importação de veículos continuará sendo uma das maiores preocupações da Anfavea para o curto prazo. A associação que representa as montadoras com fábricas no Brasil tem especial enfoque nos veículos importados, principalmente da Ásia. Esse alarme se dá porque, enquanto os veículos vindos dos vizinhos do Mercosul são trazidos pelas próprias associadas da Anfavea e contêm componentes brasileiros, os asiáticos representam uma concorrência direta e crescente.
Em outubro deste ano, o Brasil negociou quase 47 mil veículos importados, o maior número para um único mês em 2024, representando um crescimento de 10,4% em comparação com o mesmo período de 2023. No acumulado dos dez primeiros meses, o total de licenciamentos atingiu mais de 369,1 mil unidades, um aumento de 36% em relação ao ano anterior. A China, que se destaca como um dos principais fornecedores, viu suas exportações para o Brasil crescerem significativamente. Segundo a Anfavea, a cada dois veículos importados de fora do bloco do Mercosul, um é chinês. Especificamente, foram 93,6 mil licenciamentos de veículos chineses, um aumento astronômico de 259% em relação ao ano passado.
Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, chama a atenção para o estoque, que ainda guarda quase 73 mil veículos chineses. Este número reflete uma estratégia de mercado que busca atender à crescente demanda por veículos elétricos e híbridos plug-in, categorias onde a China tem se destacado. Esses veículos representaram 25% do total de importados negociados no período.
No entanto, não é só a China que tem influenciado este cenário. A Argentina, o maior fornecedor de veículos para o Brasil, embora tenha visto uma queda na participação de mercado de 64% em 2023 para 48% este ano, continua sendo uma fonte importante com 176,1 mil licenciamentos. O México também incrementou suas exportações, com um aumento de 56%, totalizando 37,5 mil unidades.
Curiosamente, apesar do aumento das alíquotas de imposto de importação para veículos elétricos e híbridos, as vendas de carros chineses não recuaram como esperado. Ao contrário, chegaram a 10,7 mil unidades em outubro, marcando o maior volume mensal da história para esses produtos no mercado brasileiro.
A Anfavea observa com cautela esses movimentos, especialmente porque eles podem impactar a competitividade das montadoras nacionais em um mercado que, cada vez mais, se abre para a tecnologia dos veículos eletrificados.
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