Horse acelera nacionalização de motores turbo no Brasil com investimento de R$ 200 Milhões

A Horse, joint venture formada pela Renault, Geely e Aramco, anunciou um investimento adicional de R$ 200 milhões para ampliar a nacionalização de seus motores turbo no Brasil. Este novo aporte, a ser realizado nos próximos dois anos, focará na produção local de cabeçotes em alumínio para o motor 1.3 turbo flex, atualmente importados da Espanha.

Wesley Palma, diretor da operação da Horse no Brasil, confirmou que os primeiros motores 1.3 turbo com componentes nacionais sairão da linha de montagem em novembro deste ano, na fábrica de São José dos Pinhais, Paraná. Esta unidade tem capacidade para produzir 600 mil motores anualmente. Os cabeçotes produzidos localmente, no entanto, serão incorporados apenas em outubro de 2026, com a inauguração da nova linha de produção.

A fábrica paranaense será pioneira entre as oito plantas globais da Horse a utilizar o processo de gravidade para injeção dos cabeçotes. Antonio Vaz, diretor global de Engenharia de Processos da Horse, destaca: “Essa nova linha mantém os métodos de fundição mais sustentáveis da indústria, com aterro zero e baixo consumo de energia.”

Com a nacionalização do cabeçote, o índice de conteúdo local dos motores 1.3 turbo flex (HR13) e 1.0 turbo flex (HR10) ultrapassará 50%. Este último já equipa o novo SUV compacto Kardian desde o início do ano. A expansão da produção local criará 60 novos postos de trabalho, aumentando em 8% o quadro atual de funcionários da empresa no Brasil.

Além da nacionalização, a Horse está desenvolvendo soluções híbridas para o mercado brasileiro. A empresa apresentou recentemente um protótipo de powertrain que combina o motor 1.0 turbo flex do Kardian com um gerador da Weg, denominado Range Extender. Esta tecnologia já foi selecionada para equipar micro-ônibus da startup chilena Reborn Electric Motors e está sendo considerada pela Marcopolo para ônibus leves da divisão Volare, com lançamento previsto para 2026.

O movimento da Horse reflete uma tendência de maior nacionalização e desenvolvimento de tecnologias adaptadas ao mercado brasileiro, especialmente no que tange à eletrificação e uso de biocombustíveis. Com estes investimentos, a empresa se posiciona estrategicamente para atender às demandas futuras do setor automotivo no país e na região.

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