RESUMO POR IA A Geely e a Renault negociam uma parceria estratégica no Brasil, com a chinesa utilizando inicialmente a rede de concessionárias e a fábrica da Renault em São José dos Pinhais (PR) – que operou a 50% da capacidade em 2023 (153 mil de 300 mil veículos/ano) – para importar e, posteriormente, produzir […]
Venha fazer parte do nosso grupo do Whatsapp e receba em primeira mão as notícias do momento!
A Geely e a Renault negociam uma parceria estratégica no Brasil, com a chinesa utilizando inicialmente a rede de concessionárias e a fábrica da Renault em São José dos Pinhais (PR) – que operou a 50% da capacidade em 2023 (153 mil de 300 mil veículos/ano) – para importar e, posteriormente, produzir localmente modelos elétricos e híbridos. O acordo, que inclui participação minoritária da Geely na Renault Brasil, visa otimizar a estrutura ociosa da francesa (8ª no mercado) e acelerar a entrada da chinesa (dona da Volvo e Zeekr) no país, seguindo a colaboração global das marcas na Horse Powertrain e na Coreia do Sul. A aliança reflete a tendência de montadoras tradicionais unirem-se a gigantes chinesas para impulsionar a eletrificação, pressionando concorrentes e potencializando a oferta de tecnologias verdes no mercado brasileiro.
A chinesa Geely e a francesa Renault estão em estágio avançado de negociações para fechar uma parceria estratégica no Brasil, com anúncio previsto ainda neste mês, segundo fontes ouvidas pela agência Reuters. O acordo prevê, inicialmente, que a Geely utilize parte da estrutura industrial e a rede de concessionárias da Renault no país para comercializar veículos importados da China ainda em 2024. Em um segundo momento, a aliança pode evoluir para a montagem de modelos da Geely na fábrica da Renault em São José dos Pinhais (PR) e até uma participação minoritária da chinesa na operação local da francesa.
A Renault, consultada, limitou-se a confirmar que as discussões estão em curso, sem detalhes: “Geely e Renault têm discutido oportunidades sob o espírito de parceria aberta e inovadora. Não temos informações para compartilhar neste momento”, diz a nota oficial. A Geely não se manifestou.
O plano: ocupar capacidade ociosa e trazer elétricos
A planta paranaense da Renault, inaugurada em 1998 e com capacidade para produzir mais de 300 mil veículos por ano, operou em 2023 a apenas metade do potencial (153 mil unidades montadas). A parceria com a Geely, dona da Volvo Cars e da luxuosa Zeekr (que estreou no Brasil em 2024), seria uma forma de otimizar a linha de produção – inclusive para modelos híbridos e elétricos da marca chinesa.
A colaboração não é novidade: as duas já atuam juntas na Coreia do Sul, onde o SUV Renault Koleos é produzido em plataforma da Geely. No Brasil, a Horse Powertrain – joint venture global das montadoras para desenvolvimento de motores – também serve como ponte para a aproximação.
Estratégia em etapas: das importações à produção local
Na fase inicial, a Geely usaria a rede de 170 concessionárias da Renault para vender veículos importados da China, como os elétricos Geometry E e Galaxy E8, além de híbridos. Posteriormente, a produção local na fábrica paranaense permitiria reduzir custos e aumentar a competitividade – estratégia semelhante à da BYD, que anunciou investimentos em Camaçari (BA).
A parceria também ajudaria a Renault a reforçar seu portfólio, que hoje depende do Kwid e do SUV Austral, enquanto a Geely ganharia escala em um mercado estratégico, onde a Zeekr ainda é incipiente.
Contexto global: alianças para sobreviver à transição elétrica
O movimento reflete a tendência de montadoras tradicionais unirem-se a gigantes chinesas para dividir custos de eletrificação e expansão. Enquanto a Geely busca consolidar-se como player global (controla também a Lotus e a Smart), a Renault tenta recuperar espaço no Brasil, onde já foi a 3ª maior montadora, mas hoje ocupa a 8ª posição.
Se confirmado, o acordo pode redefinir o jogo na indústria automotiva brasileira, acelerando a chegada de tecnologias verdes e ampliando a pressão sobre concorrentes como Volkswagen, GM e Stellantis. De olho nisso, o Paraná aguarda: afinal, cada novo modelo na linha de produção significa empregos, impostos e a chance de o Brasil entrar de vez na rota global dos elétricos.
Deixe um comentário