NOVIDADES - 03 de fevereiro de 2025
Foto: divulgação

Elétricas no Brasil: Mercado de Motos a Bateria Ganha Força com Yamaha e Honda

RESUMO POR IA O mercado brasileiro de motos elétricas ainda é incipiente, com apenas 6,5 mil unidades licenciadas em 2024 (0,3% do total de 1,87 milhão de motos a combustão), dominado por importações chinesas de 15 marcas, onde apenas VMoto e GCX se destacaram. A partir de 2025, a Yamaha e possivelmente a Honda devem […]

Por: Pablo Medeiros
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RESUMO POR IA

O mercado brasileiro de motos elétricas ainda é incipiente, com apenas 6,5 mil unidades licenciadas em 2024 (0,3% do total de 1,87 milhão de motos a combustão), dominado por importações chinesas de 15 marcas, onde apenas VMoto e GCX se destacaram. A partir de 2025, a Yamaha e possivelmente a Honda devem impulsionar o segmento: a Yamaha lança a scooter Neo’s Connected (R$ 33.990, 71 km de autonomia), montada em Manaus, enquanto a Honda sinaliza o EM1 e:, ainda sem confirmação oficial. Apesar do alto preço e da autonomia limitada, a entrada das líderes do mercado (Yamaha e Honda respondem por 86,4% das vendas) traz expectativa de crescimento, com redes de revenda robustas e potencial para produção local, embora desafios como infraestrutura e custos ainda persistam.

 

Enquanto países asiáticos lideram a revolução elétrica em duas rodas, o Brasil ainda engatinha nesse segmento. Dados da Fenabrave mostram que, em 2024, apenas **6,5 mil motos e scooters elétricas** foram licenciadas no país, representando **0,3%** de um mercado dominado por motores a combustão, que vendeu **1,87 milhão de unidades** no mesmo período (+18% ante 2023). Apesar do cenário modesto, a chegada de gigantes como **Yamaha** e, possivelmente, **Honda** promete sacudir o setor a partir de 2025.

Panorama Atual: China Domina, Marcas Locais Sobrevivem
As 6,5 mil unidades elétricas emplacadas em 2024 vieram de 15 marcas, todas chinesas, com exceção da Shineray, que produz motos a combustão no Brasil e vendeu 730 elétricas. Apenas VMoto(2,2 mil) e GCX(1,1 mil) alcançaram volumes relevantes, somando metade do total. O preço elevado, a falta de infraestrutura de recarga e a autonomia limitada são barreiras, mas a entrada de Yamaha e Honda pode mudar o jogo.

Yamaha Sinaliza Disrupção com Neo’s Connected
A Yamaha, vice-líder do mercado brasileiro (68,6% das vendas em 2024), deu o primeiro passo ao anunciar a Neo’s Connected, scooter elétrica montada em Manaus (AM) com vendas a partir de fevereiro de 2025. O modelo tem motor de 2,4 kW no cubo da roda traseira, duas baterias de lítio removíveis (9 horas para carga total) e autonomia de **71 km**, ideal para deslocamentos urbanos.

O problema é o preço: R$ 33.990, o dobro da Fluo Hybrid Connected (híbrida da Yamaha lançada recentemente por R$ 16.990). Ainda assim, a marca aposta em sua rede de 1.080 concessionárias e imagem sólida para impulsionar as vendas.

Honda na Retaguarda: EM1 e: Pode Ser o Trunfo
A Honda, líder histórica do mercado (17,8% em 2024), mantém o lançamento do scooter EM1 e: em segredo, mas exibiu o modelo na convenção anual de concessionários em outubro de 2024 — coincidindo com o anúncio da Yamaha. Globalmente, o EM1 e: tem motor de 1,7 kW e autonomia de 40 km com bateria de 50,3V/29,4 Ah. A produção local ainda não foi confirmada, mas a estratégia da Honda costuma ser agressiva em resposta à concorrência.

Desafios: Autonomia e Preço
Além da infraestrutura, as elétricas enfrentam críticas por autonomia curta (71 km da Yamaha é exceção) e custos proibitivos. Enquanto uma scooter a combustão popular custa entre R$ 10 mil e R$ 15 mil, as elétricas partem de R$ 20 mil (modelos chineses) e chegam a R$ 34 mil na Yamaha. Para massificar o segmento, será essencial reduzir preços e ampliar a oferta de subsídios ou incentivos fiscais.

Perspectivas: Elétricas Podem Deixar de Ser Nicho
Apesar dos obstáculos, a entrada de Yamaha e Honda traz credibilidade ao segmento. Juntas, as duas controlam 86,4% do mercado brasileiro de motos e têm capilaridade para educar consumidores e pressionar por políticas públicas. Se a estratégia incluir produção local e parcerias para recarga, o Brasil pode seguir os passos da Ásia, onde elétricas já representam mais de 30% das vendas em alguns países. Por enquanto, porém, a combustão ainda dita o ritmo — e a eletrificação avança a passos curtos.

 

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