RESUMO POR IA O crédito para veículos deve crescer 8,5% em 2025, alcançando R$ 297 bilhões, desacelerando após alta de 28,6% em 2023 (R$ 273,7 bi), segundo a Anef. Com a Selic em 13,25% e pressões inflacionárias, o setor aposta em flexibilização de prazos, parcelas “balão” e subsídios para manter atratividade. Em 2023, financiamentos de […]
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O crédito para veículos deve crescer 8,5% em 2025, alcançando R$ 297 bilhões, desacelerando após alta de 28,6% em 2023 (R$ 273,7 bi), segundo a Anef. Com a Selic em 13,25% e pressões inflacionárias, o setor aposta em flexibilização de prazos, parcelas “balão” e subsídios para manter atratividade. Em 2023, financiamentos de veículos leves subiram para 46% das vendas (50% à vista), retomando patamar de 2021, enquanto caminhões/ônibus viram queda no financiamento (40%). A inadimplência recuou (0,3 p.p. para PF e 0,7 p.p. para PJ), e o saldo das carteiras chegou a R$ 483,8 bi (+15,7%), impulsionado por estratégias das montadoras para estimular crédito em meio a juros altos.
A concessão de crédito para a compra de veículos no Brasil seguirá em crescimento este ano, mas com desaceleração frente ao salto de 28,6% registrado em 2023, quando foram liberados R$ 273,7 bilhões. A projeção da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras) é que o volume total atinja R$ 297 bilhões em 2025, um avanço de 8,5% sobre 2024. O cenário, porém, exige criatividade diante dos desafios econômicos, como a Selic elevada (atualmente em 13,25% ao ano) e pressões inflacionárias.
“Teremos que trabalhar com soluções personalizadas, prazos flexíveis e pagamentos residuais, como a parcela ‘balão’, para manter o crédito atrativo”, afirma Paulo Norman, presidente da Anef. A estratégia visa equilibrar os custos financeiros com as necessidades do consumidor, que enfrenta taxas de juros altas e incertezas macroeconômicas.
Perfil das vendas: financiamento avança, mas à vista ainda domina
Em 2023, o saldo das carteiras de crédito para veículos atingiu R$ 483,8 bilhões, alta de 15,7% ante 2022, enquanto a inadimplência recuou: 0,3 ponto percentual (p.p.) para pessoas físicas e 0,7 p.p. para jurídicas. No segmento de veículos leves, as vendas financiadas saltaram de 40% para 46% em um ano, retomando o patamar de 2021. As transações à vista, porém, ainda lideram, com 50% do total, seguidas por consórcios (4%).
De acordo com a Anef, o bom desempenho foi impulsionado por subsídios das montadoras às suas financeiras, que permitiram condições mais competitivas. “Os descontos nas taxas e prazos estendidos foram decisivos para reaquecer o mercado”, reforça Norman.
Caminhões e ônibus: financiamento perde espaço
No segmento de pesados, porém, o cenário foi diferente: as vendas financiadas de caminhões e ônibus caíram de 41% para 40% em 2024, enquanto as transações à vista subiram de 23% para 25%. O Finame, linha de crédito do BNDES para veículos industriais, manteve participação estável em 31%.
Inflação e juros: os desafios à frente
Com a Selic em patamar elevado e perspectivas de novos ajustes para conter a inflação, o setor automotivo prepara-se para um ano de adaptação. A expectativa é que inovações no crédito, como parcelas finais menores (“balão”) e prazos diferenciados, ajudem a sustentar a demanda. “A flexibilidade será a chave para não perder o fôlego”, conclui Norman.
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