O setor automotivo brasileiro pode estar prestes a dar um salto tecnológico sem precedentes. Com a recente assinatura da lei que cria o programa Brasil Semicon e atualiza o Padis (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores), o governo federal lança as bases para uma revolução na produção de chips no país. […]
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O setor automotivo brasileiro pode estar prestes a dar um salto tecnológico sem precedentes. Com a recente assinatura da lei que cria o programa Brasil Semicon e atualiza o Padis (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores), o governo federal lança as bases para uma revolução na produção de chips no país.
Rogério Nunes, presidente da Abisemi (Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores), anunciou um investimento robusto de R$ 24,8 bilhões no setor. Este montante não é apenas um número impressionante; é um sinal claro de que o Brasil está determinado a se posicionar como um player global na indústria de alta tecnologia.
Para a indústria automotiva, tradicionalmente um dos pilares da economia brasileira, essa notícia não poderia ser mais bem-vinda. Durante a pandemia, as montadoras enfrentaram sérios desafios devido à escassez global de chips, resultando em paralisações frequentes nas linhas de produção. A crise evidenciou a vulnerabilidade da cadeia de suprimentos e a necessidade urgente de desenvolver uma produção local de semicondutores.
Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), celebrou o novo programa, ressaltando o papel ativo da entidade na defesa desses investimentos. A iniciativa promete não apenas fortalecer a indústria nacional, mas também posicionar o Brasil como um potencial exportador de chips para mercados-chave como Estados Unidos e Europa.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, também titular do MDIC, destacou que o programa se alinha perfeitamente com os objetivos da Nova Indústria Brasil (NIB) de aumentar a competitividade das empresas brasileiras e impulsionar as exportações de alto valor agregado.
Para o setor automotivo, a perspectiva de ter um fornecimento local e confiável de semicondutores representa uma vantagem competitiva significativa. Além de reduzir a dependência de importações, isso pode acelerar o desenvolvimento de veículos mais tecnológicos e conectados, alinhando a indústria nacional com as tendências globais de eletrificação e automação.
O investimento em semicondutores não beneficiará apenas a indústria automotiva. Como observado por Nunes, o setor de semicondutores é o segundo maior investidor em P&D e capacidade produtiva globalmente, ficando atrás apenas do setor de óleo e gás. Isso sugere um potencial enorme para inovação e desenvolvimento tecnológico que pode se espalhar por diversos setores da economia brasileira.
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