RESUMO POR IA
A Anfavea delineou suas prioridades para 2024, focando na recuperação do mercado automotivo para 3 milhões de veículos, enfrentando desafios como a alta do dólar e dos juros. A associação visa reequilibrar a balança comercial, promover a indústria nacional em licitações públicas, e incentivar a descarbonização e a renovação da frota, tudo isso enquanto defende uma política de importação mais protecionista e investe em capacitação de trabalhadores para fortalecer a competitividade e sustentabilidade do setor no Brasil.
Na última terça-feira, 14, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apresentou um relatório detalhado sobre o desempenho do setor automotivo em 2024, além de delinear as principais prioridades para os próximos meses. O objetivo principal é recuperar o mercado e a produção para um patamar de 3 milhões de veículos, um número que, embora não seja esperado para 2025, já foi alcançado diversas vezes no passado, com o último registro em 2014. Segundo Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, fatores externos como a alta do dólar e dos juros têm sido obstáculos significativos para atingir essa meta.
Além da recuperação do volume de mercado, a Anfavea está focada em reequilibrar a balança comercial do setor. Lima Leite destacou a preocupação com a “tempestade perfeita” caracterizada pela perda de participação das exportações brasileiras e o aumento das importações. A associação já está trabalhando em um estudo de competitividade que será entregue ao governo, visando conter o excesso de importações. “A renúncia fiscal de R$ 6 bilhões em 2024 poderia ter sido revertida em empregos no Brasil”, argumenta Lima Leite, defendendo a recomposição da alíquota original do imposto de importação.
Outro ponto crucial na agenda da Anfavea é a promoção da indústria nacional através de regras mais transparentes nas licitações de compras públicas de máquinas e veículos. Lima Leite criticou o atual cenário onde empresas com pouco compromisso com o Brasil ganham leilões, sugerindo que recursos públicos deveriam ser direcionados para favorecer o crescimento interno.
A Anfavea também está comprometida com a descarbonização, mas com um foco na realidade energética do país. Isso inclui a implementação de uma política contínua de renovação da frota e o incentivo ao desenvolvimento e produção local de novas tecnologias. “A capacitação dos trabalhadores é essencial para que possamos aproveitar o investimento de R$ 180 milhões planejado para os próximos anos”, afirmou Lima Leite, ressaltando a importância da força de trabalho qualificada.
Com essas diretrizes, a Anfavea busca não apenas recuperar o mercado perdido, mas também fortalecer a indústria automotiva brasileira, tornando-a mais competitiva e sustentável no cenário global.
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