A Bain & Company acaba de lançar um estudo inédito sobre o mercado de luxo brasileiro, que investigou nove segmentos que, juntos, movimentaram aproximadamente R$ 74 bilhões em 2022 e podem atingir R$ 130 bilhões até 2030.
Desde 2018, o consumo de luxo tem crescido de forma constante, uma média de 18% ao ano, impulsionado em grande parte pela pandemia, que intensificou o consumo de itens e serviços de luxo pela população de alto poder aquisitivo no mercado nacional.
Em relação ao mercado primário de carros de luxo, no qual a Bain considerou veículos a combustão, elétricos e híbridos com valores acima de R$ 300 mil, foi registrado um faturamento de R$ 15 bilhões em 2022, com projeção de um montante de R$ 24 bilhões em 2030. Esse desempenho positivo tem sido impulsionado pela expansão das redes de concessionárias e serviços financeiros, maior interesse em veículos elétricos e aumento da riqueza da população de alto poder aquisitivo.
Entretanto, desafios contemporâneos como a maior concorrência com marcas asiáticas do segmento premium, reforma tributária em andamento e mudanças de comportamento da sociedade, como uma menor taxa de jovens com habilitação, impactam diretamente a base de consumidores em potencial.
Para se adaptar ao cenário atual, o setor vem apresentando um dos mais acelerados processos de maturidade em relação às metas de sustentabilidade. Aliado às tecnologias avançadas aplicadas no desenvolvimento de carros com performances cada vez melhores, mais eficientes e com maior nível de conectividade e dirigibilidade, as montadoras de veículos de luxo demonstram um compromisso contínuo com a evolução.
Com a ampliação do interesse por soluções em tecnologia e do comprometimento com iniciativas em ESG, as empresas que desejam desbravar o futuro do luxo devem buscar agilidade para identificar novos modelos de negócio de sucesso e ousadia para se posicionar como o elemento vital desses modelos alternativos.
