O tíquete médio das vendas de automóveis usados e seminovos registrou, em outubro, uma pequena queda após dois meses consecutivos de alta: de R$ 78.767 (setembro) recuou para R$ 78.599. O mesmo foi observado na margem bruta que, após atingir o recorde no ano (12,3%), voltou aos padrões de normalidade, ficando em 10,7%. Os dados são do Estudo Performance de Veículos Usados (PVU), realizado pela MegaDealer com base nos dados da plataforma Auto Avaliar. Segundo a Fenabrave, o mercado de usados vendeu mais de 911 mil carros e comerciais leves no período, um crescimento de 4% na comparação com o mês anterior. No acumulado de 2023, o aumento foi de 4,5%.
J.R. Caporal, CEO da Auto Avaliar, destaca o aumento da velocidade de venda, com o giro de estoque atingindo 43 dias, de acordo com o estudo, e aponta para um fim de ano aquecido. “Com forte giro de vendas e o ticket médio ainda em recuperação, apontando para os R$ 80 mil até o final deste ano, em um mercado que demonstra estar aquecido e competitivo, devemos ter um fim de ano bastante positivo para o setor”, afirma.
Por idade dos veículos, apenas aqueles produzidos entre 2012 e 2015 apresentaram recuperação, mesmo que de forma tímida (0,1% em relação a setembro). O preço médio que estava em R$ 43.653 subiu para R$ 43.721.
Já os veículos fabricados entre 2016 e 2019 apresentaram queda de 0,9%, caindo de R$ 71.218 para R$ 70.577, enquanto os modelos 2020 a 2022 registraram a perda mais significativa: de R$ 102.567 desceu para R$ 100.838 (-1,7%).
“Dada a competitividade do mercado atual, com forte giro e queda nas margens, não temos indicativos que apontem para volta dos preços aos níveis antes da mudança de impostos e preços dos carros novos ocorrida em junho deste ano”, explica J.R. Caporal.
Por segmento, apenas os Compact Sedan registraram leve aumento no preço médio, saindo de R$ 74.771 em setembro para R$ 75.406 no mês passado. “A maioria dos segmentos segue com preços relativamente estáveis. Entretanto, houve forte queda nos preços de seminovos do segmento premium (-8,7%). Já o segmento de pickups continua sofrendo, sem conseguir recuperar os tickets médios praticados anteriormente”, destaca o CEO da Auto Avaliar.
