Se você gosta de carros, com certeza já deve ter ouvido falar na fama dos “carros franceses”. Há muito tempo, Renault, Peugeot e Citroën são conhecidas no mercado brasileiro como marcas que dão um grande trabalho na hora de fazer a manutenção ou revender. Essa fama se dava pois os carros dessas marcas, no início dos anos 1990, já apresentavam uma mecânica e aparatos elétricos que pediam uma mão de obra bem mais especializada. Hoje, esse mito tem sido desfeito por diversos motivos, que vão desde a melhoria na mecânica dos veículos, até um maior investimento nas montadoras em território nacional.
O início no Brasil
Tudo começou quando o Brasil iniciou o mercado de exportações, em 1990. O país passou a receber carros franceses consagrados no mercado Europeu, e que marcaram época nas ruas brasileiras, mesmo escolhendo estratégias diferentes: a Renault prezou por trazer modelos mais acessíveis, como o Renault Clio, que vendeu muito bem até 2016, quando se aposentou; a Peugeot, por sua vez, apresentou mais ousadia por aqui, e trouxe carros como o Peugeot 406.
Pós-venda
Porém, o tempo passou e a velocidade com que os veículos chegavam às ruas do país não era a mesma das peças de reposição no pós-venda das concessionárias, muito menos nas oficinas mecânicas. Com uma engenharia mais avançada, suspensões inovadoras e eletrônica moderna, esses carros começaram a ficar parados nas oficinas devido aos desafios de suas tecnologias, fazendo com que a fama se espalhasse. A bem da verdade as dificuldades estavam relacionadas à manutenção saudável de um veículo daquelas, e não necessariamente a problemas crônicos.
Então, a partir dos anos 2000, houve uma mudança de estratégia e algumas dessas marcas resolveram se unir para formar grupos de montadoras. Elas passaram a investir mais em redes de concessionárias e adotaram algumas mudanças na mecânica dos veículos, como em câmbio e motor, o que facilitou bastante na hora da manutenção.
Novo Cenário
Em virtude do cenário atual, e com a fusão da ítalo-americana Fiat Chrysler e do grupo francês PSA, dono das marcas Peugeot e Citroën, as duas francesas tendem a atingir um crescimento substancial em suas vendas e, claro, acabar com a imagem de vilãs do passado.