Caros leitores, digníssimas leitoras: o Banco Central, com a sua plena agilidade (#sqn) divulgou os dados de crédito do sistema financeiro do primeiro semestre do ano. E, no nosso caso,…
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Caros leitores, digníssimas leitoras: o Banco Central, com a sua plena agilidade (#sqn) divulgou os dados de crédito do sistema financeiro do primeiro semestre do ano. E, no nosso caso, o enfoque que daremos é sobre o setor automotivo. Pois bem, como estamos no meio de uma pandemia (que daqui a pouco completará dois anos); além de termos uma política macroeconômica que se assemelha aos clássicos da sessão da tarde da Globo (Apertem os cintos… o piloto sumiu!); o nosso único acalento é saber como anda a disposição dos bancos em ajudar aquela parte séria (e única) da economia que é gerida pelo empresariado.
Para a nossa grata surpresa, ou melhor ainda, usando o bordão “crássico” do amigo do Bob esponja: “…nunca antes na história desse país…” se financiou tanto veículo!
Segundo o Banco Central, neste primeiro semestre tivemos quase R$ 93 bilhões em concessões para a aquisição de um veículo, o que gerou um crescimento de 45% sobre o ano passado!
OK, cara pálida! Você vai me dizer que comparar o resultado deste ano com o do ano passado é meio forçado, já que o ano de 2020 (para nós) está mais como a obra de Robert Wise (O dia em que a Terra parou). Mas, se compararmos com 2019, o crescimento é de 28%.
Na verdade, este primeiro semestre é o melhor resultado “Forever and ever” do setor!
Isso ajuda a explicar o crescimento das vendas de veículos do setor, que registrou evolução de mais de 30%.
Além disso, a qualidade do crédito vem se mantendo. As taxas de inadimplência e de atraso (apesar de estarem altas), se encontram em seus valores mínimos históricos para o período:
A nossa preocupação é por quanto tempo os bancos ainda manterão as suas posições. Com a gradual subida da Selic e com o IPCA rondando a casa dos 9% ao ano, é de se esperar um encarecimento do crédito. Mas este (até o momento) ainda não aumentou tanto assim…
Em resumo, as taxas praticadas em junho deste ano são praticamente as mesmas de dois anos atrás. Mas já registramos um aumento de 8,85% sobre o mesmo período do ano passado (que foi aquele nosso ano estranho).
O que vem mantendo a “prestação” do consumidor é a dilatação gradual dos prazos de financiamentos, que está chegando aos 47 meses.
Mas, apesar desse “boom” em financiamentos, isso não reflete efetivamente em aumento de “share”. A penetração dos financiamentos nas vendas de carros (novos e usados) é de apenas 35%. Sendo que a penetração em veículos novos é de 45% (pior resultado dos últimos 12 anos) e em veículos usados é de 33%. Ou seja, existe ainda um oceano para o pessoal dos bancos explorarem!
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Raphael Galante
É economista, trabalha no setor automotivo há 14 anos e atua como consultor na Oikonomia Consultoria Automotiva.
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