Caro leitor, digníssima leitora: estamos vivendo um ano cheio de grandes acontecimentos e/ou fortes emoções! Uma delas foi a corrida espacial travada entre Bezos e Branson. O objetivo dos dois…
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Caro leitor, digníssima leitora: estamos vivendo um ano cheio de grandes acontecimentos e/ou fortes emoções! Uma delas foi a corrida espacial travada entre Bezos e Branson. O objetivo dos dois basicamente é “popularizar” viagens para a estratosfera.
Mas aqui é BraZil! E a gente não poderia ficar de fora!
E o que fizemos? Antes de mandarmos pessoas a passeio para o espaço; decidimos fazer o nosso beta e mandamos primeiro os preços dos combustíveis para lá!
É, amiguinhos… o burburinho da semana gira em torno do preço da gasolina, que chegou a bater o valor de R$ 7 por litro em algumas localidades!
O estagiário aqui já vem sofrendo, pois as bikes do Itaú estão cada vez mais disputadas!
E tem sempre aquele velho ditado: Se o governo decide chumbar uma porta; vem sempre o mercado para abrir uma fresta na janela!
Não vamos nem entrar no mérito da quantidade de impostos que os combustíveis possuem; ou do monopólio que é o setor; ou qualquer outra coisa como petrolão e afins…
O foco central aqui será mostrar a fresta que o mercado está abrindo!
Vamos lá:
As vendas de automóveis (janeiro a julho) registraram crescimento de 26,2%. Mas quando fazemos a quebra desse número, vemos algumas coisas interessantes. Analisando o crescimento nas vendas por tipo de combustível, temos:
Veículos movidos a gasolina/álcool registraram crescimento de 23,8%; os veículos movidos a diesel (aqui é uma outra história), evolução de 40,2% e, para a felicidade geral de todos, os carros elétricos/híbridos estão com 90% de crescimento!
Galerinha… as vendas de carros híbridos estão quase dobrando de tamanho!
Tá bom? Tem mais!
Com os dados de vendas do mês de agosto (até o dia 25), a participação dos carros elétricos/híbridos alcançou a marca de 2,42%! Gente… “nunca antes na história desse país” se vendeu tanto veículo com esse tipo de combustível!
Concordamos que a venda deste tipo de produto (carros elétricos/híbridos) ainda está centralizada em duas marcas (Toyota e Volvo) – mas já é um começo! Quando uma Volvo, por exemplo, sinaliza (e há tempos) que não fará mais carros a combustão isso já é um claro sinal da mudança dos tempos. A mesma coisa a Toyota. Os japas da indústria automobilística são um tanto quanto “conservadores”, ou demoram um pouco para admitir (ou fazer) mudanças; basta ver quanto tempo demoraram para lançarem um SUV “mais acessível” (o Corolla Cross). Mas, quando a Toyota faz as suas “toyotices”, sai de baixo!
Para o pessoal que gosta muito de usar o termo “exponencial”, o mercado de carros elétricos/híbridos está começando a ficar exponencial aqui no Brasil. Basta ver a curva de vendas deste nicho de produtos:
E já estão começando a contaminar outros segmentos. A VW já começou com os seus caminhões leves (urbanos) e ontem (25/08), a Mercedes anunciou a produção de ônibus (urbanos) elétricos, com inicio de circulação já para o ano que vem.
O lado positivo de tudo isso é que, quando o governo vem com o seu dedo podre, – ou seja, mexer onde não deveria mexer -, o mercado sempre aproveita o momento para se reerguer e se reconstruir!
Sabemos que o custo da energia elétrica também está indo para a estratosfera, mas, novamente o mercado vem se mexendo para isso. Hoje o Brasil é o nono maior produto de energia solar e o terceiro maior produto de energia eólica.
Parece que – mesmo com a letargia habitual de se trabalhar no BraZil – os veículos elétricos/híbridos, estão vindo com força! Se essa movimentação vem ocorrendo mesmo com o dedo podre do governo, imagine se ele decidisse ajudar…
E aí, o que achou? Dúvidas, me manda um e-mail aqui.
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Raphael Galante é economista, trabalha no setor automotivo há mais de 20 anos e atua como consultor na Oikonomia Consultoria Automotiva.
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