PAÍS | A compreensão de como o espírito moderno se projetou em produções de intelectuais e artistas de Belo Horizonte e do interior de Minas Gerais será abordada pela Casa…
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PAÍS | A compreensão de como o espírito moderno se projetou em produções de intelectuais e artistas de Belo Horizonte e do interior de Minas Gerais será abordada pela Casa Fiat de Cultura no Encontros com o Patrimônio “Modernismos à mineira: influência e reverberações da arte moderna em Minas Gerais”. A convidada para esta edição é Marília Andrés Ribeiro, historiadora, crítica de arte, curadora, professora e pesquisadora da arte moderna e contemporânea, que participa de um bate-papo virtual com a historiadora e educadora do Programa Educativo da Casa Fiat de Cultura, Ana Carolina Ministério. O evento será realizado em transmissão ao vivo no dia 27 de março, das 11h às 12h30, com inscrição gratuita pela Sympla: https://bit.ly/ModernismosAMineira.
Durante o bate-papo, Ana Carolina Ministério vai explorar como os debates desencadeados pela Semana de Arte Moderna de 1922 também estiveram presentes em manifestações culturais em Minas Gerais. “A Exposição de Arte Moderna de 1944, realizada em BH, foi um marco para o estado e para o Brasil. Mas, ela foi o resultado de um processo que já vinha acontecendo desde a década de 1920, e nos mostra como o modernismo foi se consolidando aos poucos. Nem todos sabem o que acontecia na capital mineira antes da chegada de Guignard”, antecipa.
A historiadora destaca a exposição realizada pela pintora Zina Aita, em 1920, considerada como a primeira manifestação de arte moderna em Minas. “Na década de 1920, percebemos algumas manifestações isoladas do modernismo, mas já em 1930 elas foram se encorpando. Havia uma efervescência na cidade, por exemplo, com a construção do Viaduto Santa Tereza e da fundação da Escola de Arquitetura, e, principalmente, após o “Salão de 36”, exposição coletiva de arte moderna realizada em um bar, no subsolo do Cine Brasil”, comenta Ana Carolina Ministério, que concluirá falando sobre o paradoxo entre tradição e modernidade ao trazer detalhes sobre a Exposição de Arte Moderna de 1944.
A pesquisadora da arte moderna e contemporânea, Marília Andrés Ribeiro, abordará a política de modernização da prefeitura de Juscelino Kubitschek, focalizando a Escola Guignard e os alunos e alunas que seguiram a vertente construtiva da arte brasileira. Para ela, o impacto de Guignard na formação de uma geração de artistas modernos em Belo Horizonte foi enorme. “Guignard introduziu um novo ensino de arte pautado pela liberdade e disciplina, incentivou os alunos a participar de exposições, abriu o espaço da Escola para a visita de intelectuais e artistas modernos”. Marília ainda relembra que, junto com Franz Weissmann e Edith Bhering, Guignard dinamizou o Instituto de Belas Artes nos anos 1940, que, mais tarde, foi transformado na Escola Guignard. “Todos participaram de um movimento de arte moderna que se expandia nas artes, na arquitetura e na cultura brasileira, incentivado pela política de modernização do prefeito JK em Belo Horizonte”, conclui.
O Encontros com o Patrimônio “Modernismos à mineira: influência e reverberações da arte moderna em Minas Gerais” é uma realização da Casa Fiat de Cultura e do Ministério do Turismo, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Fiat, do Banco Safra e da Usiminas, e co-patrocínio do Grupo Colorado. O evento tem apoio institucional do Circuito Liberdade, do Governo de Minas e do Governo Federal, além do apoio cultural do Programa Amigos da Casa, da Brose do Brasil e do Instituto Usiminas.
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