Indústria brasileira de autopeças encerra primeiro semestre com resultados positivos

A pesquisa conjuntural divulgada pelo Sindipeças revela um panorama otimista para a indústria brasileira de autopeças ao final do primeiro semestre de 2024. Os dados mostram que, apesar de um leve declínio nas exportações, a indústria apresentou sinais de crescimento e resiliência em outros setores chave.

Entre os principais canais de distribuição, as exportações foram as únicas a registrar uma queda, de 5,5%. Em contraste, as vendas para as montadoras mostraram um crescimento significativo de 6,7%, enquanto o setor aftermarket, voltado para peças de reposição, teve uma performance ainda mais robusta, com alta de 10,2%.

No segmento de reposição, o faturamento nominal dos veículos leves experimentou uma expressiva alta de 14,2%, refletindo uma recuperação no mercado interno. No entanto, o setor de pesados, que inclui caminhões e ônibus, enfrentou uma retração de 5% no faturamento, evidenciando uma necessidade de atenção para este segmento específico.

O desempenho geral da indústria de autopeças foi positivo, com uma expansão de 5,3% na receita nominal no semestre. O índice de ociosidade das fábricas reduziu levemente, passando de 27% em maio para 26% em junho. Em termos de emprego, houve um crescimento modesto de 0,4% nas contratações novas no mesmo período, embora o efetivo total do setor tenha caído 0,8% no acumulado do ano.

O principal canal de vendas continua a ser o setor das montadoras, que representou 65,5% das vendas em junho. O aftermarket respondeu por 15,7%, enquanto as exportações representaram 14,9%. Negócios intrassetoriais, por sua vez, recuaram 8,3% no semestre.

Projeções para o futuro indicam que o faturamento da indústria deve crescer 4% até o final do ano, atingindo R$ 249,5 bilhões, uma meta que parece alcançável dado o desempenho observado até agora. Entretanto, os investimentos no setor deverão superar as expectativas iniciais. Estimados em R$ 6,2 bilhões, com um aumento de 5,5% em relação a 2023, os investimentos devem ser impulsionados por iniciativas como o Programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover) e pelos projetos de montadoras que introduzirão modelos híbridos flexíveis entre 2024 e 2025.

Gábor Deák, diretor do Sindipeças, é otimista quanto ao futuro dos investimentos na indústria. Segundo ele, o valor total investido entre 2024 e 2025 pode alcançar R$ 50 bilhões, o que representa uma média anual de R$ 10 bilhões.

Os resultados positivos e as projeções encorajadoras demonstram uma recuperação vigorosa e um potencial promissor para a indústria de autopeças no Brasil, refletindo a adaptação e a resiliência do setor diante de desafios econômicos e mudanças de mercado.

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