MERCADO - 06 de setembro de 2024

Estudo revela futuro verde para o setor automotivo brasileiro

Um estudo groundbreaking realizado pela Anfavea em parceria com a Boston Consulting Group lança luz sobre o futuro da indústria automotiva brasileira, revelando uma mudança significativa em direção à mobilidade sustentável. Intitulado “Avançando nos caminhos da descarbonização automotiva no Brasil”, o relatório projeta que, a partir de 2030, mais da metade das vendas de veículos […]

Por: Kryzalis
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Um estudo groundbreaking realizado pela Anfavea em parceria com a Boston Consulting Group lança luz sobre o futuro da indústria automotiva brasileira, revelando uma mudança significativa em direção à mobilidade sustentável. Intitulado “Avançando nos caminhos da descarbonização automotiva no Brasil”, o relatório projeta que, a partir de 2030, mais da metade das vendas de veículos no país serão de modelos híbridos e elétricos.

Esta pesquisa, que será apresentada na COP29 no Azerbaijão, não é apenas um exercício acadêmico. Representa o culminar de 13 meses de trabalho intensivo, envolvendo mais de 5 mil entrevistados e uma extensa colaboração entre indústria, academia e consumidores. Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, enfatiza o potencial do Brasil como protagonista na descarbonização global.

Os números são impressionantes e alarmantes ao mesmo tempo. Atualmente, o setor de transportes é responsável pela emissão de 245 milhões de toneladas de CO2, correspondendo a 13% das emissões totais do Brasil. Se nada for feito, esse número pode escalar para 256 milhões de toneladas até 2040.

Contudo, o estudo não se limita a pintar um cenário sombrio. Ele aponta caminhos promissores para uma redução drástica nas emissões. Com a adoção acelerada de tecnologias de propulsão mais limpas e um maior uso de biocombustíveis, o setor pode alcançar uma redução de 280 milhões de toneladas de CO2 nos próximos 15 anos. Mais impressionante ainda, essa redução pode chegar a 400 milhões de toneladas com medidas adicionais como programas de renovação de frota, inspeção veicular e avanços na tecnologia de biocombustíveis.

O que torna a abordagem brasileira única é a proposta de combinar novas tecnologias de propulsão com o uso de biocombustíveis. Leite ressalta que o Brasil não deve simplesmente copiar estratégias de outros países, mas aproveitar suas vantagens competitivas únicas. “Se ficarmos em único vetor, o da tecnologia da propulsão, continuaremos importando”, alerta.

Este estudo não apenas traça um caminho para um futuro mais verde, mas também posiciona o Brasil como um potencial líder global na descarbonização automotiva. Ao equilibrar inovação tecnológica com recursos naturais renováveis, o país tem a oportunidade de criar um modelo sustentável que pode inspirar o mundo.

A indústria automotiva brasileira está claramente em um ponto de inflexão. Com este roteiro detalhado em mãos, o setor tem agora a chance de reinventar-se, não apenas reduzindo seu impacto ambiental, mas também impulsionando a inovação e a competitividade econômica. O desafio agora é transformar essas projeções em realidade, um esforço que exigirá colaboração entre governo, indústria e sociedade civil.

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