MERCADO - 07 de novembro de 2023

25% dos consumidores brasileiros já considera migrar para veículos elétricos 

No Brasil, uma revolução silenciosa começa a tomar forma entre os compradores de automóveis. Levantamento realizado por meio da ferramenta NPS Prism, da Bain & Company, revela que um quarto…

Por: Redação
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No Brasil, uma revolução silenciosa começa a tomar forma entre os compradores de automóveis. Levantamento realizado por meio da ferramenta NPS Prism, da Bain & Company, revela que um quarto dos proprietários de carros no país consideraria migrar para um veículo elétrico. Os dados da pesquisa, que compara as respostas de consumidores de Brasil, Canadá, México, Estados Unidos e China, mostram que essa tendência é maior entre os donos de carros mais novos e de luxo. Entre os países participantes, o Brasil apresenta a maior taxa de consideração por veículos elétricos – entre aqueles que pensam em mudar de veículo (42%), 61% consideram adquirir um elétrico, o que representa cerca de 25% dos entrevistados. 

Uma caraterística interessante identificada pelo levantamento é que os proprietários que já possuem carros mais ecologicamente corretos têm maior probabilidade de considerar a mudança para um veículo elétrico. Embora esse não seja um dos cinco principais atributos levados em consideração na escolha de um automóvel, para aqueles que dão grande importância à sustentabilidade, a probabilidade de considerar um veículo elétrico aumenta de forma significativa. 

Ao enumerar os principais motivos que impulsionam a transição para os elétricos,  os consumidores que têm intenção de comprar esse tipo de veículos citam o custo do combustível e o impacto ambiental, mencionados por 46% e 44% respondentes, respectivamente. O interesse em experimentar novas tecnologias também surge como um fator relevante no Brasil, indicado como motivo por 27% dos clientes. 

Em contrapartida, há uma parcela que ainda hesita em aderir aos veículos elétricos. O preço de compra se destaca como o principal obstáculo, com 43% dos respondentes apontando esse fator como a razão pela qual não consideram a troca. A indisponibilidade da rede de recarga/carregamento e a falta de clareza sobre a tecnologia são o 2º e 3º motivos mais citados, indicados com uma frequência um pouco menor, com 33% e 28% das menções. 

É importante ressaltar que o preço desempenha um papel crucial nessa equação mesmo dentre aqueles que considerariam a troca para um veículo elétrico. A maioria esmagadora (84%) daqueles que têm esse perfil alega que só pagaria um valor até 20% maior por um elétrico do que o preço de um veículo a combustão da mesma categoria e com as mesmas características, especificações e atributos. 

A partir da ampliação da infraestrutura de carregamento, aumento da conscientização sobre a sustentabilidade dos veículos elétricos, entrada de novos entrantes e preços mais competitivos no mercado, a tendência é de que a transição para a eletrificação da frota se mantenha em crescimento. O futuro promete uma nova era de mobilidade e as empresas que não acompanharem essa evolução correm o risco de deixarem de atender a uma parcela significativa de consumidores. 

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