Destaques - 17 de setembro de 2024

Tensão na GM: Metalúrgicos rejeitam proposta e ameaçam paralisar produção da S10 e Trailblazer

O setor automotivo brasileiro enfrenta mais um capítulo turbulento em sua história recente. Desta vez, o epicentro da tensão está na fábrica da General Motors em São José dos Campos, São Paulo, onde são produzidos dois dos veículos mais emblemáticos da marca no país: a picape S10 e o SUV Trailblazer. Em uma assembleia que […]

Por: Kryzalis
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O setor automotivo brasileiro enfrenta mais um capítulo turbulento em sua história recente. Desta vez, o epicentro da tensão está na fábrica da General Motors em São José dos Campos, São Paulo, onde são produzidos dois dos veículos mais emblemáticos da marca no país: a picape S10 e o SUV Trailblazer.

Em uma assembleia que reuniu os dois turnos da unidade nesta segunda-feira (16), os cerca de 3.250 trabalhadores da planta rejeitaram categoricamente as propostas apresentadas pela montadora referentes à campanha salarial de 2024. O impasse nas negociações coloca em risco a produção desses modelos-chave para a GM no mercado brasileiro e sul-americano.

A montadora americana apresentou duas propostas distintas aos metalúrgicos. A primeira oferecia um acordo de um ano, com reajuste salarial baseado no INPC (3,71%) mais 1% de aumento real, além de benefícios como vale-alimentação de R$ 500 e manutenção da PLR. Contudo, este cenário não garantiria novos investimentos na planta, o que gerou desconfiança entre os trabalhadores.

A segunda proposta, com vigência de dois anos, eliminava o aumento real, fixando-se apenas na reposição inflacionária, mas elevava o vale-alimentação para R$ 700 e estabelecia uma PLR fixa de R$ 20 mil para 2025. Neste caso, a GM sinalizava a possibilidade de incluir a fábrica em futuros planos de investimento e contratações.

Ambas as propostas foram rechaçadas pelos metalúrgicos, que exigem não apenas o aumento real de salário, mas também garantias concretas sobre o futuro da unidade. Vale lembrar que no início do mês, a própria GM havia anunciado planos de investimento no Brasil, gerando expectativas entre os funcionários de São José dos Campos.

O presidente em exercício do Sindicato dos Metalúrgicos, Valmir Mariano, não escondeu a insatisfação da categoria: “Os trabalhadores estão revoltados com a postura da General Motors e estão dispostos a paralisar a produção por tempo indeterminado para defender seus salários e direitos.”

Uma nova assembleia está marcada para esta terça-feira (17), às 5h30. Caso não haja uma proposta satisfatória da montadora até lá, os trabalhadores ameaçam decretar greve, o que poderia impactar significativamente a produção e distribuição da S10 e do Trailblazer, modelos cruciais no portfólio da GM para o mercado de picapes médias e SUVs de grande porte.

Este impasse ocorre em um momento delicado para a indústria automotiva brasileira, que busca se recuperar após anos desafiadores marcados pela pandemia e pela escassez global de semicondutores. A paralisação da produção em São José dos Campos, se concretizada, poderá ter reflexos não apenas nas operações da GM, mas em toda a cadeia de fornecedores e no mercado consumidor, ávido por estes modelos em um cenário de retomada das vendas.

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