NOVIDADES - 12 de março de 2025
Foto: divulgação

Northvolt, esperança europeia em baterias, declara falência na Suécia em golpe à autonomia energética

RESUMO POR IA A Northvolt, startup sueca símbolo da ambição europeia para reduzir a dependência de baterias chinesas na transição elétrica, declarou falência na Suécia nesta quarta-feira (12), após meses de crise financeira agravada por custos elevados, instabilidade geopolítica e oscilações de mercado. A empresa, que já havia entrado com concordata nos EUA em 2023 […]

Por: Pablo Medeiros
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RESUMO POR IA

A Northvolt, startup sueca símbolo da ambição europeia para reduzir a dependência de baterias chinesas na transição elétrica, declarou falência na Suécia nesta quarta-feira (12), após meses de crise financeira agravada por custos elevados, instabilidade geopolítica e oscilações de mercado. A empresa, que já havia entrado com concordata nos EUA em 2023 e demitido seu CEO fundador, Peter Carlsson, admitiu incapacidade de reestruturar suas dívidas, levando à liquidação de ativos e incertezas sobre subsidiárias na Alemanha e EUA. O colapso fortalece gigantes chinesas como CATL e BYD, expondo a fragilidade europeia em assegurar autonomia estratégica no setor de baterias, crucial para veículos elétricos e metas ambientais.

A Northvolt, startup sueca considerada uma das maiores apostas da Europa para reduzir a dependência de baterias chinesas na era elétrica, entrou com pedido de falência nesta quarta-feira (12) na Suécia. O anúncio marca um revés estratégico para o continente, que via na empresa um pilar para competir com gigantes como a CATL e a BYD. A decisão ocorre após meses de crise financeira: em novembro de 2023, a companhia já havia acionado o Capítulo 11 nos EUA (concordata) e demitido o CEO e cofundador Peter Carlsson, que a liderava desde 2016.

Queda Anunciada: De “Unicórnio Verde” a Colapso
Em comunicado, a Northvolt admitiu o esgotamento de alternativas: “Apesar do suporte de credores e de negociar reestruturações, não conseguimos garantir as condições financeiras para continuar”. A empresa atribuiu o colapso a uma combinação de fatores: custos de capital elevados, instabilidade geopolítica, rupturas na cadeia de suprimentos e flutuações na demanda do mercado — problemas que assolam o setor de baterias globalmente, mas atingem com força a Europa, ainda dependente de insumos asiáticos.

O processo de falência, supervisionado por um administrador judicial sueco, incluirá a venda de ativos e o pagamento de dívidas. As subsidiárias na Alemanha e na América do Norte, por enquanto, não estão incluídas no pedido, mas seu futuro dependerá de decisões do administrador e dos credores.

Impacto Global e Ascensão Chinesa
A queda da Northvolt, que empregava mais de 5 mil pessoas, deixa um vácuo no setor. A empresa era vista como símbolo da transição verde europeia, com projetos como a gigafábrica no norte da Suécia e parcerias com montadoras como a Volkswagen e a BMW. Agora, a hegemonia chinesa tende a se consolidar: CATL e BYD, que produzem tanto baterias quanto veículos, ampliam sua vantagem em um mercado projetado para valer US$ 1 trilhão até 2030.

“Este é um dia incrivelmente difícil. Queríamos impulsionar uma mudança real”, lamentou Tom Johnstone, presidente interino do Conselho. A declaração ecoa a frustração de um setor que, em 2023, viu a Stellantis e a CATL anunciarem investimentos bilionários em uma fábrica na Europa — justamente para desafiar rivais como a Northvolt.

O Que Resta?
Enquanto a Europa busca alternativas para não repetir o mesmo erro em outras iniciativas, como a Britishvolt (também falida em 2023), a falência da Northvolt serve de alerta: a transição elétrica exige não apenas inovação, mas resiliência financeira e políticas industriais ágeis. Para o consumidor, o cenário é claro: sem concorrência local, as baterias — e os carros elétricos — seguirão nas mãos de quem já domina o jogo: a China.

baterias northvolt
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