Produção de veículos sobe 15% em janeiro, impulsionada por exportações, mas importações preocupam setor

RESUMO POR IA

Em janeiro de 2025, a produção de veículos no Brasil aumentou 15,1% em relação ao mesmo mês de 2024, totalizando 175,5 mil unidades, impulsionada principalmente pelas exportações. No entanto, a alta nas importações, com crescimento de 24,8%, preocupa o setor, especialmente devido à concorrência de carros chineses. O mercado interno também cresceu, com 171,2 mil emplacamentos, mas há cautela quanto aos efeitos dos juros elevados. A Anfavea continua pressionando por uma taxação maior sobre veículos eletrificados importados. Além disso, o estoque de veículos está baixo, com 41 dias de produção, enquanto o emprego no setor aumentou, chegando a 108,2 mil postos.

A indústria automotiva brasileira iniciou 2025 com força: a produção de veículos em janeiro atingiu 175,5 mil unidades, um crescimento de 15,1% ante o mesmo período de 2024 (152,6 mil). O resultado reflete o aumento da demanda interna e, principalmente, das exportações. Apesar do avanço, houve queda de 6,6% em relação a dezembro (190,1 mil), movimento considerado sazonal pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Os dados, divulgados nesta segunda-feira (10), foram acompanhados de alertas. O presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, destacou o impacto das importações, que continuam em trajetória ascendente: 39,3 mil veículos importados foram comercializados no período, alta de 24,8% em comparação com janeiro de 2024. “A produção poderia ser maior não fosse a escalada de produtos vindos de fora”, afirmou, em referência à concorrência internacional, especialmente de modelos chineses.

Mercado interno cresce, mas juros e importações são riscos

O mercado doméstico registrou 171,2 mil emplacamentos (leves e pesados) em janeiro, alta de 6% na comparação anual. É o terceiro ano consecutivo de crescimento no primeiro mês do ano, com média diária de 12,9 mil unidades vendidas. Para Lima Leite, o setor ainda não sentiu os efeitos de medidas econômicas recentes, como a alta dos juros, mas o cenário exige cautela.

A Anfavea mantém a pressão por mudanças na taxação de veículos eletrificados. A entidade defende a antecipação da alíquota de 35% para importados do setor – hoje, a taxa só entrará em vigor em 2026. A medida visa frear a entrada de modelos estrangeiros, principalmente chineses, que dominam o segmento de elétricos e híbridos. “O tema continua em pauta”, reforçou o presidente, sem detalhar avanços.

Estoques mínimos e emprego em alta

O estoque total nas montadoras e concessionárias segue em nível considerado baixo: 235,5 mil veículos, equivalentes a 41 dias de produção. Enquanto isso, o número de empregos no setor subiu para 108,2 mil postos em janeiro – 1 mil a mais que em dezembro, sinalizando confiança na retomada.

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