RESUMO POR IA
O aumento da taxa Selic para 12,25% pelo Copom forçou a Anfavea a reavaliar suas projeções para 2025, descartando a meta de 3 milhões de veículos vendidos no mercado interno. O presidente Márcio de Lima Leite lamentou que a elevação dos juros reduziu a previsão para 2,8 milhões de unidades, representando um crescimento de apenas 5,6% em relação aos 2,65 milhões esperados para 2024. Este ajuste veio após um ano de crescimento significativo, mas com desafios como o aumento das importações de veículos chineses eletrificados e uma balança comercial negativa, enquanto se projeta para 2025 um PIB de 2%, inflação a 4,5%, Selic a 14,25% e câmbio em R$ 5,6.
O aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, elevando-a para 12,25%, decidido na última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom), forçou a Anfavea e as montadoras a revisarem suas projeções para 2025. Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, expressou frustração ao não poder anunciar uma meta de 3 milhões de veículos vendidos no mercado interno, comentando que a decisão do Copom alterou significativamente as expectativas: “Queríamos anunciar hoje os 3 milhões. Mas com a alta da Selic de 1 ponto porcentual e a sinalização de mais 1 ponto e depois mais 1 ponto as coisas mudaram.”
Leite explicou que se a taxa Selic estivesse no patamar previsto no início de 2024, de 9,25%, o mercado poderia ter visto um aumento de 200 mil unidades além dos 2,8 milhões agora projetados para 2025. Isso resultaria em um crescimento de apenas 5,6% sobre os 2,65 milhões de veículos esperados para 2024, um ano que já registra um aumento de 15% em relação a 2023. As montadoras estavam otimistas, com algumas prevendo até 8% de crescimento, mas a realidade após a reunião do Copom foi de projeções mais conservadoras.
Lima Leite destacou que 2024 foi um ano de crescimento significativo para o Brasil, liderando entre os 10 maiores mercados automotivos mundiais. No entanto, a situação é complicada pelo aumento das importações de veículos chineses eletrificados, que somam um estoque de 70 mil unidades, e pela queda nas exportações, resultando em um saldo comercial negativo. A participação de importados nos emplacamentos atingiu 17,4%, o maior índice em uma década, com um terço destes veículos vindos de empresas fora do Mercosul, afetando negativamente a recuperação do mercado interno, segundo Leite.
Para 2025, a Anfavea prevê um cenário econômico com crescimento do PIB de 2%, inflação a 4,5%, uma Selic a 14,25% e um câmbio em torno de R$ 5,6, refletindo um ajuste significativo nas expectativas do setor automotivo brasileiro.
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