NOVIDADES - 04 de dezembro de 2024
Foto: divulgação

Scooters e as cubs já vendem tanto quanto as motocicletas city/street no mercado brasileiro

RESUMO POR IA No mercado brasileiro de motocicletas, scooters e cubs agora vendem tanto quanto as motos city/street, com uma participação de 36,3% em novembro, segundo dados da Fenabrave. Esse segmento, que já vinha crescendo ao longo dos anos, superou expectativas ao igualar-se às tradicionais motos de rua, mostrando uma mudança significativa na preferência dos […]

Por: Pablo Medeiros
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RESUMO POR IA

No mercado brasileiro de motocicletas, scooters e cubs agora vendem tanto quanto as motos city/street, com uma participação de 36,3% em novembro, segundo dados da Fenabrave. Esse segmento, que já vinha crescendo ao longo dos anos, superou expectativas ao igualar-se às tradicionais motos de rua, mostrando uma mudança significativa na preferência dos consumidores por veículos mais práticos, de baixo consumo e manutenção acessível. Modelos como Honda Biz, Elite 125, PCX 160, e Yamaha NMax contribuem para esse fenômeno, que também reflete em usos distintos, com scooters e cubs mais voltados para deslocamento pessoal diário.

 

Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos (Fenabrave) divulgados ontem (3/12), a participação de scooters e cubs nas vendas totais de veículos de duas rodas chegou a 36,3% em novembro. É praticamente a mesma participação das motocicletas street/city, que em novembro foi de 36,7%. Em outubro, assim como em meses anteriores, os dois segmentos já estiveram próximos: 39,4% para as street/city e 34,5% para scooters/cubs. Isso quer dizer que a soma das vendas de modelos como Honda Biz, Elite 125 e Pop 110i, e também de Yamaha NMax 160 e Neo 125, além do surpreendente Avelloz AZ1, já quase empata com as vendas de Honda CG 160, Yamaha Factor 125 e afins.
Outra surpresa vista este ano foi o crescimento nas vendas de motos custom. A “ressureição” através de vários lançamentos nos últimos anos levou o segmento a superar o das maxtrail, que historicamente, há muitos anos, ficava à frente. Confira abaixo o ranking da participação de cada segmento nas vendas totais de veículos de duas rodas em novembro:
  • City/street – 36,7%
  • Scooter/cub – 36,3%
  • Trail/fun – 21,%
  • Naked/roadster – 2,3%
  • Custom – 1,5%
  • Maxtrail – 1,3%
  • Sport – 0,6%
  • Touring – 0,04%

 

É um cenário inédito, que mostra como o segmento de scooters e cubs se consolidou depois de anos crescendo progressivamente. Em 2010, respondiam por 19,1% do mercado brasileiro de duas rodas. Essa participação cresceu paulatinamente até atingir um pico em 2016, com 34,6%. Depois, se estabilizou na faixa dos 33% até 2021, chegou a 36,21% em 2022 e caiu discretamente para 31,03% em 2023. Agora, chegou ao topo.
Demorou para acontecer
Até o início dos anos 2000, scooters e cubs eram vistos como pequenos, frágeis e pouco confiáveis – e, de certa forma, desprezados – no país. No caso dos scooters, as primeiras experiências realmente práticas surgiram com modelos como o pequenino Yamaha BWs 50, vendido no país entre 1995 e 2000, Jog 50, de 1993 a 1999, e o irmão maior Axis 90, de 1994 a 1998; os Suzuki Address 50, de 1994 a 2002, e Address 100; de 1994 a 2003; e o exótico Honda Spacy 125, de 1994 a 1996. Mas as vendas foram discretas e logo saíram do radar.
O segmento ganhou força, mesmo, com o Suzuki Burgman AN 125, lançado em 2006 ainda com motor carburado (teve uma segunda encarnação, injetada, entre 2012 e 2019) e com o surgimento da Dafra Motos, que apostou forte no Laser 150, em 2008, no Smart 125, em 2010, e no Zig 100, também em 2010. Quando viram esse movimento (re)começar com força, Honda e Yamaha voltaram a investir. Enquanto isso, Dafra e Suzuki também reforçavam suas fileiras.
Já no caso das cubs, o grande destaque sempre foi mesmo a Honda Biz. Lançada no país em 1998 e criada especificamente para o mercado brasileiro, a motoneta já tem 25 anos de estrada e se tornou um dos veículos de duas rodas mais vendidos por aqui. Em vendas, fica atrás apenas da Honda CG 160. Apesar dessa liderança absoluta entre as motonetas, a Honda Biz não é a única motoneta à venda no país. Outros modelos, de marcas menores, também existem – os volumes são muito menores, mas sempre consistentes e, às vezes, até surpreendentes.
Uso versátil
Hoje os scooters e as cubs são tão donos das ruas quanto as motos “street”, e se diferenciam mais pelo tipo de uso. Enquanto essas motos são predominantemente usadas a trabalho, por entregadores de todos os tipos – documentos, encomendas, lanches etc -, os scooters e as cubs são mais usados para o deslocamento diário do proprietário rumo ao trabalho e vice-versa. E, eventualmente, nos mesmos trabalhos das motos “street”.
Essa conquista se deu pela irrefutável combinação de bons argumentos: são veículos com custos razoavelmente acessíveis de aquisição e manutenção, práticos pelo tamanho compacto e pelo espaço sob o banco para guardar objetos (que existe em quase todos os scooters) e pelo baixo consumo, que na maioria das vezes supera os 50km/l. De fato, quem ainda não pensa em um scooter ou em uma cub como opção de mobilidade urbana deve começar a rever seus conceitos. Vale lembrar que há duas diferenças básicas entre scooters e cubs: nos scooters, o piloto vai sentado, tem um escudo frontal de proteção e não precisa trocar marchas, já que a transmissão é sempre continuamente variável (CVT).
Já nas motonetas – as cubs -, o piloto vai montado como nas motos, normalmente não há escudo frontal e é preciso trocar as marchas no pé – embora nem sempre seja necessário usar manete de embreagem, já que a maioria dos modelos tem câmbio semi-automático, rotativo ou não.

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