A disputa entre a Anfavea e a Abeifa sobre a tributação de veículos eletrificados importados se intensifica no cenário automotivo brasileiro. A Anfavea, representando as montadoras, pressiona pela retomada imediata da alíquota de 35% do Imposto de Importação, enquanto a Abeifa, que representa os importadores, se opõe firmemente a essa medida. O presidente da Anfavea, […]
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A disputa entre a Anfavea e a Abeifa sobre a tributação de veículos eletrificados importados se intensifica no cenário automotivo brasileiro. A Anfavea, representando as montadoras, pressiona pela retomada imediata da alíquota de 35% do Imposto de Importação, enquanto a Abeifa, que representa os importadores, se opõe firmemente a essa medida.
O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, manifestou intenção de solicitar à Camex a antecipação do imposto, atualmente previsto para retornar apenas em 2026. Essa postura foi reforçada por declarações do vice-presidente Geraldo Alckmin, indicando que o governo considera o pedido.
Em resposta, a Abeifa emitiu um comunicado criticando a posição da Anfavea. Marcelo Godoy, presidente da Abeifa, argumenta que os importadores já aceitaram o escalonamento do imposto e têm planejamentos de médio e longo prazos baseados nesse cronograma.
Os números de vendas são um ponto crucial neste debate. A Abeifa reportou um aumento de 210,9% nas vendas de janeiro a agosto deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 63.849 unidades contra 20.540 em 2022.
A Abeifa defende que políticas protecionistas são ineficazes e potencialmente prejudiciais ao setor automotivo brasileiro. A associação argumenta que a abertura do mercado nos anos 1990 foi fundamental para o desenvolvimento do atual parque industrial automobilístico do país.
Este embate reflete as tensões entre fabricantes nacionais e importadores, especialmente no contexto da crescente demanda por veículos eletrificados. A decisão do governo sobre a antecipação do imposto terá impactos significativos no mercado automotivo brasileiro, afetando preços, competitividade e o ritmo de adoção de novas tecnologias no setor.
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