A Citroën está prestes a revelar o terceiro e último membro da sua família C-Cubed na primeira semana de outubro. O Basalt, um SUV cupê, juntará-se ao hatch Novo C3, lançado em 2022, e ao SUV compacto C3 AirCross, apresentado no ano passado, além do veterano C4 Cactus. Todos esses modelos são produzidos no complexo industrial da Stellantis em Porto Real, Rio de Janeiro.
O início da produção do Basalt, oficialmente anunciado nesta terça-feira, 17, marca o fim de um extenso ciclo de investimentos destinados à modernização da fábrica fluminense, lançamentos de produtos e implementação da plataforma CMP, que serve de base para o trio de veículos nacionais da família C-Cubed.
Desde 2011, a unidade recebeu investimentos de R$ 10 bilhões. Em maio, a Stellantis anunciou um novo aporte de R$ 3 bilhões a ser aplicado entre 2025 e 2030. Esses recursos serão direcionados principalmente para a adoção de novas tecnologias, sistemas produtivos, equipamentos e o lançamento de um quinto veículo.
Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis para a América do Sul, afirmou em comunicado: “O novo ciclo reforçará a aptidão multimarcas da nossa fábrica. Planejamos também ampliar a produção, gerar novos empregos e reforçar toda a cadeia automotiva no desenvolvimento e localização de novas tecnologias que aceleram a descarbonização da mobilidade”.
Com essa declaração, o executivo sugere que o futuro quinto veículo a ser montado em Porto Real não será um Citroën, mas sim de outra marca do grupo, que também produz Fiat, Jeep e Ram no Brasil. As especulações apontam para o utilitário esportivo compacto Jeep Avenger.
A fábrica de Porto Real, inaugurada em 2001, já produziu mais de 1,8 milhão de veículos e 2,5 milhões de motores. Atualmente, opera em um único turno, produzindo 27 veículos por hora, com capacidade total de 160 mil unidades anuais em três turnos.
Francis Jorge, diretor da fábrica, revelou planos para atrair mais fornecedores para o polo industrial. Atualmente, a montadora conta com dez fornecedores na região, sendo sete dentro do próprio complexo. “Estamos em negociação com mais dez empresas”, afirmou Jorge, projetando dobrar a participação regional nas compras anuais da planta, que devem atingir R$ 2 bilhões em 2024.
Com o lançamento do Basalt e os novos investimentos anunciados, a Citroën e a Stellantis reafirmam seu compromisso com a produção nacional e o desenvolvimento da indústria automotiva brasileira.
