O mercado automotivo brasileiro está prestes a experimentar uma nova onda de investimentos, impulsionada pela chegada das marcas chinesas. Cláudio Sahad, presidente do Sindipeças, revela que o já expressivo montante de R$ 50 bilhões anunciado para investimentos no setor de autopeças até 2030 pode ser superado. A expectativa é que as operações locais de fornecedores […]
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O mercado automotivo brasileiro está prestes a experimentar uma nova onda de investimentos, impulsionada pela chegada das marcas chinesas. Cláudio Sahad, presidente do Sindipeças, revela que o já expressivo montante de R$ 50 bilhões anunciado para investimentos no setor de autopeças até 2030 pode ser superado.
A expectativa é que as operações locais de fornecedores chineses comecem a se materializar a partir de 2026, seguindo um padrão de três fases: importação, montagem CKD e, finalmente, localização gradual da produção. Sahad enfatiza o apoio do Sindipeças a esses projetos, desde que contemplem um processo de nacionalização.
BYD e GWM lideram essa nova frente, com projetos avançados de fábricas em Camaçari (BA) e Iracemápolis (SP), respectivamente, com previsão de início de pré-produção ainda este ano. O movimento não se limita apenas às montadoras, mas também inclui a possibilidade de parcerias entre autopeças chinesas e fabricantes já estabelecidos no Brasil.
O estudo “O caminho da descarbonização do setor automotivo no Brasil”, realizado em parceria com a BCG, revela que 70% dos fornecedores consultados planejam aumentar investimentos em novas tecnologias, com foco principal na eletrificação. Entretanto, Sahad ressalta que o motor a combustão ainda terá longevidade, vislumbrando inclusive o potencial do Brasil como hub de exportação para regiões que continuarão utilizando essa tecnologia.
A indústria de autopeças brasileira se prepara para um futuro diversificado, equilibrando o desenvolvimento de tecnologias mais limpas com a otimização dos motores convencionais. O Sindipeças, em parceria com a Stellantis, também trabalha na elaboração de uma lista de componentes importados com potencial de nacionalização, buscando fortalecer ainda mais a cadeia produtiva local.
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