SERVIÇOS - 07 de setembro de 2020

“Nivus: 1º carro da VW Brasil a usar robôs nos testes de segurança”

O ineditismo é a principal característica do Volkswagen Nivus desde o início do seu projeto. Além de ter sido o primeiro carro desenvolvido 100% de maneira digital pela marca no…

Por: Redação
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O ineditismo é a principal característica do Volkswagen Nivus desde o início do seu projeto. Além de ter sido o primeiro carro desenvolvido 100% de maneira digital pela marca no Brasil, sem a construção de um único protótipo sequer, o modelo que está atualizando os conceitos de design, versatilidade e tecnologia também foi o primeiro a contar com robôs no processo de desenvolvimento do sistema de frenagem autônoma de emergência, conhecido como AEB (Autonomous Emergency Brake).

Para nos explicar como funciona essa tecnologia, batemos um papo com Antonio Carnielli, Diretor Adjunto de Engenharia de Carroceria, Acabamento, Segurança Veicular e Pré-Desenvolvimento.

Nivus é o nº 1 em segurança

Nivus

O
Nivus foi o primeiro carro da Volkswagen do Brasil a utilizar robôs no
desenvolvimento da frenagem autônoma de emergência, também conhecido
como AEB (Autonomous Emergency Brake)?

R: Exatamente. O Nivus foi o primeiro carro da Volkswagen do Brasil a usar robôs no desenvolvimento do AEB (Autonomous Emergency Brake). Recentemente adquirimos estes robôs, que são equipamentos de alta tecnologia e precisão que atuam no acelerador, freio e também comandam o volante do carro durante os testes de calibração do sistema. E somente por curiosidade, estes robôs não são de forma humanoides, como nos filmes de ficção científica.

E por que é necessário utilizar robôs para o desenvolvimento destes sistemas de segurança?

R:
Durante o processo de certificação, os robôs são importantes para
garantir a precisão e repetitividade dos testes realizados. Por conta
das regras que precisam ser seguidas e a necessidade de uma precisão
absoluta, a utilização de humanos acaba sendo mais complicado. No caso
do AEB, por exemplo, elaboramos um programa de velocidade e
trajetória, que é repassado para os dois carros que utilizamos nos
testes. Os dois robôs – um em cada veículo – se conversam
eletronicamente, mantendo a distância pré-estabelecida. Então, no
instante que o carro da frente freia, o outro carro que o segue dá o
alerta para o motorista – advertência visual e sonora que aparece no
painel de instrumentos –, informando que é necessário frear. E a partir
dos dados colhidos durante os testes, conseguimos calibrar o radar, que
serve como sensor de aproximação, e criar o algoritmo de frenagem de
emergência autônoma do Nivus.

Você usou a expressão “precisão absoluta”. Como os robôs conseguem chegar a este nível de exatidão que os humanos não conseguem?

R:
São inúmero os recursos e sistemas que estes equipamentos (robôs) têm
para buscarmos os resultados mais exatos possível. Eles possuem, por
exemplo, base meteorológica, pois precisamos de informações sobre o
vento, umidade relativa, temperatura ambiente, luminosidade, além disso
há o controle do atrito e temperatura da pista, entre outros fatores
influenciadores. Também trabalham com três GPS de uma espantosa precisão
de 10 cm, só para se ter uma ideia do que estamos falando.

Impressionante
a capacidade destes robôs. No entanto, trabalhando junto a eles existe
uma equipe de profissionais extremamente capacitada, correto?

R: Para que estes robôs proporcionem resultados extremamente satisfatórios e, como já mencionei algumas vezes, com uma precisão absurda, são necessários profissionais de altíssima qualidade. Quando adquirimos os equipamentos, o time passou por treinamento com o fabricante de origem inglesa e em paralelo realizaram um processo de desenvolvimento de competência na nossa matriz na Alemanha. No entanto, foi colocando a mão na massa diante dos desafios do projeto Nivus, que os engenheiros brasileiros puderam mostrar sua ótima capacidade de desenvolvimento e competência técnica. Por exemplo, desenvolveram um software especifico de aquisição de dados para as condições da América do Sul. Por isso, é um motivo de muito orgulho para nós da Volkswagen do Brasil estarmos completamente capacitados para desenvolver os sistemas de segurança de todos os carros que serão desenvolvidos não apenas em nosso País, mas como na América Latina, como foi com o Nivus.

O
Nivus, como abordamos na entrevista com o José Loureiro, Gerente
Executivo de Desenvolvimento do Veículo Completo, foi desenvolvido de
maneira 100% digital, sem a construção de um protótipo sequer. A
digitalização também esteve presente no desenvolvimento das questões de
segurança do modelo?

R: A digitalização fez parte de todo desenvolvimento dos sistemas e recursos de segurança presentes no Volkswagen Nivus.
É necessário destacar, mais uma vez, a importância de o Nivus ter como
base a Estratégia de Plataforma Modular MQB, que nós já conhecemos de
outros veículos, como Polo, Virtus e T‑Cross. Isso nos possibilitou
partir de um ponto avançado em termos de simulações virtuais. A partir
daí, começamos a trabalhar no Hut, o ‘chapéu’ do carro, no caso o Nivus,
realizando todos os ensaios de crash – lateral, frontal, parcial,
amassamento de teto, atropelamento (proteção a pedestre), impacto de
cabeça, entre outros. Ou seja, tudo aquilo que envolve a segurança do
carro nós fazemos, simulamos de maneira 100% digital, sem construir um
carro sequer. Antes mesmo de o Nivus existir fisicamente.

E os resultados destes ensaios virtuais de crash conseguem traduzir fielmente a realidade?

R:
Totalmente. Para se ter uma ideia, no momento que realizamos um
crash-test com o carro físico de pré-série, isso já na fase de
pré-lançamento do Nivus, nós filmamos todo o crash posicionando
câmeras de alta velocidade em 3D em diversos pontos no carro e na pista.
Depois, colocamos as imagens 3D sobrepostas às imagens de simulação do
crash-test virtual, que também permite a visualização por diversos
ângulos, e o resultado é praticamente ‘zero desvio’. Ou seja, o que
aconteceu no ambiente virtual foi exatamente igual ao ocorrido no crash
real.  Nós conseguimos ver exatamente o carro deformando no sistema
virtual e o carro real deformando no impacto em slow motion e é
perfeitamente a mesma coisa. Isso comprova o grau de confiabilidade do
time de Desenvolvimento. E por razão desta maturidade, desta
confiabilidade, que nós pudemos tomar a decisão de fazer o Nivus sem produzir um protótipo sequer.

Então,
com essas simulações virtuais, é possível ir no detalhe do que
aconteceu com o Nivus no crash e a partir deste ponto promover as
evoluções no projeto, correto?

R: Quando fazemos a
simulação virtual, podemos escolher o que queremos analisar e no
instante que ele acontece, lembrando que um crash teste ocorre em
milésimos de segundo, tempo menor que um piscar de olhos. Por exemplo,
podemos analisar minuciosamente a deformação da longarina, o
deslocamento de qualquer um dos componentes ou ver a elasticidade do
banco dianteiro no momento de impacto. As possibilidades são inúmeras.
Tudo isso a gente consegue ver de maneira virtual. Podemos substituir ou
aperfeiçoar  componentes e refazer o crash antes de irmos para pista
homologar o produto.

Qual outro ponto o Nivus se destaca em termos de segurança?

R: A capacidade de iluminação. O Nivus
utiliza faróis, lanternas e faróis de neblina em LED. Além de agregar
um visual realmente mais interessante, como a própria imprensa
especializada tem destacado, entrega uma visibilidade e uma quantidade
maior de luz para o condutor do Nivus acima da média do mercado e
muito superior em relação aos seus principais concorrentes. E esta
excelente visibilidade e a maior quantidade de luz, resultam em uma
condução mais segura para o condutor e para todos os que estão à sua
volta, pois além do motorista enxergar e visualizar perfeitamente tudo o
que está no seu campo de visão, ele também é mais facilmente visto
pelos outros condutores, ciclistas, pedestres e animais que conseguem
visualizar o Nivus com maior facilidade. O resultado disso é uma
queda significativa das possibilidades de um acidente. Além de toda a
segurança proporcionada pela iluminação em LED do Nivus, o
consumidor e o meio-ambiente se beneficiam também desta tecnologia, já
que a economia anual de combustível é de aproximadamente 3,2% e
consequentemente o meio ambiente recebe menos emissões de CO2.

#Nivus #Segurança
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