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Cobertura e luz no esporte amazonense

Nos anos 60, Manaus possuía cento e oitenta mil habitantes (IBGE), incluindo os moradores do Careiro e Cacau Pireira.

Acreditem, as quadras esportivas do Amazonas eram de cimento, traves, postes (vôlei) e tabelas de madeiras e a céu aberto (sem cobertura). Duas ou três, tinham iluminação, extremamente, precária.

Naqueles dias, uma das mais respeitadas Instituições do Brasil: o SESC, que sempre defendeu a arte e o esporte (em especial às ações em prol dos comerciários), resolveu presentear a pequena Manaus com um ginásio de esportes.

O evento foi extremamente pomposo e os portões do ginásio de esportes do SESC, na rua Henrique Martins recebeu a comunidade manauense. Uma obra magnífica, com cobertura côncava e dezenas de luminárias penduradas.

Que emoção! Praticaríamos esporte: protegidos do sol ou chuva; a qualquer hora, com iluminação perfeita; marcação oficial para vôlei, basquete e futebol de salão (hoje futsal); tabelas com estrutura de ferro, fixadas nas paredes do fundo do ginásio; postes de ferro e cabos de aço na rede do voleibol; traves de ferro arredondadas; piso de madeira e; em um lugar para quinhentas pessoas (enorme para época).

Para completar a grandiosidade e importância do local, na parte posterior do ginásio, existia palco e estrutura para apresentações artísticas. Um “senhor presente” para Manaus!

Para a inauguração, uma programação eclética: na abertura os irmãos Edgar e Evandro Monteiro de Paula, mostraram um esporte inglês desconhecido à época, o badminton, com peteca, rede, regras e demarcação vindos da Europa, através do empresário José Alberto Saraiva, para delírio e empolgação de todos: a peteca voou magicamente. Em seguida, dois irmãos de outro Estado, fizeram apresentação de ginástica e fechando a noite, o tradicional jogo de vôlei masculino: Olímpico X Rio Negro.

Uma noite que ficou para a História do Amazonas. O ginásio tinha serventia para tudo, inclusive, para o extinto “jogos comerciários” (até hoje não compreendi porque os jogos foram encerrados, deixando o comerciário sem competição oficial).

Com o referido ginásio, nossas possibilidades quanto aos resultados positivos em nível nacional, tornaram-se reais e prováveis. Milhares de Atletas tiveram momentos de glória naquele ginásio!

Sei que muitos vão dizer – Que ginásio é este que o Dudu fala? Pois é: Manaus recebeu um “presentão” no centro da cidade, que o SESC deixou de utilizar.
Um dia na surdina e silenciosamente, marretas sangrentas colocaram abaixo a História e nossas memórias também foram demolidas.

Ainda me pergunto: o que leva uma Instituição de grande valor, que preserva e incentiva as artes e os esportes em nosso país derrubar sonhos?

Neste dia, o SESC esqueceu (não sabemos o motivo), alguns princípios: fazer e defender a História do Brasil, além disso, prejudicou muitos amazonenses.

Por hoje é só! Semana que vem tem mais! Fuuuiiiiii!

Eduardo Monteiro de Paula
Jornalista Esportivo e Ex-Atleta
Gerente de Esportes da TV Maskate!

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