A Volvo anunciou nesta quarta-feira (20) que vai encerrar a produção de carros movidos a diesel em 2024, como parte de sua estratégia de eletrificação e sustentabilidade. A empresa sueca, que pertence ao grupo chinês Geely, já havia anunciado em 2017 que todos os seus novos modelos lançados a partir de 2019 teriam algum tipo de motorização elétrica, seja híbrida ou pura.
Segundo o presidente da Volvo, Håkan Samuelsson, a decisão de abandonar o diesel foi motivada pela queda na demanda por esse tipo de combustível na Europa e pelo aumento dos custos para atender às normas de emissões cada vez mais rigorosas. “O diesel não é mais uma opção viável para nós. Queremos ser líderes em eletrificação e oferecer aos nossos clientes carros que sejam não apenas seguros e confortáveis, mas também limpos e eficientes”, disse Samuelsson em um comunicado.
A Volvo pretende lançar pelo menos um novo modelo elétrico por ano até 2025, quando espera que 50% de suas vendas globais sejam de veículos totalmente elétricos. A empresa também planeja expandir sua presença nos mercados emergentes, como China e Índia, onde o diesel tem pouca penetração. Além disso, a Volvo quer se tornar uma empresa neutra em carbono até 2040, reduzindo as emissões de suas operações e de toda a sua cadeia de valor.
A Volvo é uma das primeiras montadoras tradicionais a anunciar o fim do diesel em sua linha de produtos. Outras marcas, como Volkswagen, BMW e Mercedes-Benz, ainda apostam no diesel como uma alternativa para reduzir o consumo de combustível e as emissões de CO2, mas enfrentam desafios regulatórios e de imagem após o escândalo do “dieselgate”, que revelou fraudes nos testes de emissões de alguns modelos. O futuro do diesel também depende da evolução dos preços dos combustíveis, da infraestrutura de recarga e da preferência dos consumidores.
