Governo avalia antecipação de imposto para carros eletrificados importados

O mercado automotivo brasileiro pode estar prestes a enfrentar mudanças significativas no cenário de importação de veículos eletrificados. Após uma visita ao Polo Automotivo da Stellantis em Goiana, Pernambuco, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, revelou que o governo está considerando um pedido da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para antecipar a cobrança máxima do Imposto de Importação sobre esses veículos.

Atualmente, o imposto sobre carros eletrificados importados está em processo de recomposição gradual. Desde julho deste ano, as alíquotas estão fixadas em 18% para veículos elétricos, 20% para híbridos plug-in e 25% para híbridos convencionais. O plano original prevê ajustes progressivos até atingir 35% em julho de 2026 para todas as categorias.

Alckmin ressaltou que essas são “as regras em vigor” e lembrou que existem cotas com alíquota zero para fabricantes com planos de produção local. No entanto, o ministro confirmou o recebimento do pleito da Anfavea e afirmou: “Vai ser analisado”.

A motivação por trás desse pedido é o crescimento expressivo nas vendas de carros chineses no Brasil, que aumentaram mais de 400% este ano, principalmente no segmento de eletrificados. Essa tendência tem gerado preocupação entre as montadoras já estabelecidas no país e a própria Anfavea, que encaminhou a reivindicação ao governo em julho para uma revisão das regras atuais.

O cenário atual reflete uma competição acirrada no mercado de veículos eletrificados, com as marcas chinesas ganhando terreno rapidamente. A possível antecipação do aumento do imposto de importação poderia alterar significativamente a dinâmica do mercado, potencialmente favorecendo a produção local e impactando os preços dos veículos importados.

Esta possível mudança na política de importação representa um ponto de inflexão crucial para o setor automotivo brasileiro, equilibrando os interesses da indústria nacional com a crescente demanda por veículos eletrificados. A decisão do governo será aguardada com grande expectativa por todos os players do mercado, podendo redefinir o futuro da mobilidade elétrica no Brasil.

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