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A eletrificação, pesquisa e performance da Nissan na Fórmula E pela primeira vez no Brasil

O Brasil está se preparando para receber o campeonato mais aguardado entre os fãs dos esportes a motor: a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) confirmou recentemente o retorno da Fórmula E à América do Sul, mediante a assinatura de um acordo entre a cidade de São Paulo e a categoria de corridas 100% elétricas para a primeira competição nessa cidade, em 2023. Em anos anteriores, o Chile sediou uma etapa na região, levando toda a inovação às pistas da cidade de Santiago em uma perfeita combinação entre tecnologia e automobilismo esportivo.

A empresa tem desenvolvido diversas pesquisas relacionadas ao uso de tecnologia de decodificação do cérebro. Em julho de 2021, a montadora japonesa lançou o Nissan Brain to Performance, um programa inovador com foco na exploração, preparação e desenvolvimento da anatomia e das funções cerebrais de seus pilotos de Fórmula E, que utiliza imagens e análises cerebrais avançadas para determinar as especificidades anatômicas dos pilotos profissionais de alto rendimento. O principal objetivo é desenvolver uma preparação personalizada e otimizada para melhorar as funções cerebrais relacionadas à condução e às corridas.

A etapa inicial do programa incluiu uma análise detalhada e um teste das funções cerebrais dos pilotos de Fórmula E, que é comparada com o resultado de condutores “comuns”, que não competem. Todos os condutores realizaram uma série de atividades em simuladores de pilotagem de última geração, permitindo registrar suas atividades cerebrais.

Os primeiros resultados desta pesquisa foram revelados no E-Prix na cidade de Nova Iorque, em julho, onde também foi comprovado pela primeira vez o Nissan Brain to Performance de Fórmula E da Nissan, às vésperas da tão aguardada era da Geração 3, que será iniciada na Temporada 9 (2022/23).

A pesquisa apresentou os seguintes resultados:

  • O grupo que recebeu estimulação cerebral memorizou a pista de corridas 50% mais rápido do que o grupo de controle, que não recebeu estimulação
  • O grupo estimulado cerebralmente melhorou o controle do veículo no simulador 50% mais rápido que o grupo de controle sem estimulação
  • A retenção da habilidade adquirida foi 22% melhor para o grupo de estimulação cerebral
  • Os pilotos de Fórmula E têm porções significativamente maiores das áreas de controle motor e visual, assim como um tálamo parcialmente maior do que os condutores em geral. Esta característica se correlaciona a habilidades visomotoras mais altas, maior coordenação cerebral em geral e estado de consciência

Nissan Brain to Performance

A pesquisa coordenada pelo cientista Lucian Gheorghe, Gerente Sênior de Pesquisa e Inovação no Centro de Pesquisas Nissan Américas, estuda como melhorar a conexão entre as pessoas e os veículos da Nissan. “Nossos cérebros são incrivelmente poderosos. Sem nos darmos conta, eles realizam uma série de funções críticas a cada segundo enquanto estamos dirigindo nossos veículos. Nossos pilotos de Fórmula E da Nissan são altamente preparados e experientes, realizando estas funções sob grande pressão e em alta velocidade, na busca constante por tempos de volta sempre menores. Nosso programa Nissan Brain to Performance tem a meta de compreender como sua atividade elétrica cerebral permite que eles sejam performantes. No futuro, será que nossa pesquisa de ponta poderia ajudar a melhorar as técnicas de direção dos motoristas comuns?”, comentou o especialista em análise e treinamento cerebral.

As sessões do programa realizadas na Universidade de Essex, no Reino Unido, e no Campus Bio-Tech em Genebra, na Suíça, incluíram análises detalhadas e testes das funções cerebrais dos pilotos de Fórmula E em comparação com um grupo de controle de motoristas comuns, “não profissionais”. Todos realizaram uma série de atividades em simuladores de pilotagem de última geração, enquanto sua atividade cerebral era monitorada e registrada.

Os participantes foram divididos em dois grupos e fizeram testes em um simulador de pilotagem professional, dirigindo em uma pista de corridas que eles nunca tinham visto antes, durante 10 sessões. Um dos grupos foi estimulado por meio de um dispositivo de estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS), que é uma forma de neuromodulação que utiliza uma corrente contínua baixa e constante, aplicada por meio de eletrodos posicionados na cabeça, enquanto que o outro grupo usou o dispositivo, mas não foi estimulado.

A partir da análise dos dados da atividade cerebral dos motoristas em diferentes níveis de habilidade, a Nissan está desenvolvendo o programa de preparação de pilotos, incluindo vários protocolos de treinamento:

PROTOCOLO 1

O primeiro dos desenvolvidos em parceria com o Instituto WaveNeuro tem o objetivo de ajudar os pilotos da Equipe Nissan de Fórmula E a se concentrar mais rápido e mais facilmente durante períodos de tempo mais prolongados. O treinamento envolve o uso de um dispositivo de estimulação magnética transcraniana (tMS) antes do treinamento com o simulador e as atividades em circuito, durante períodos de tempo específicos. Esta tecnologia de neuroestimulação não invasiva deve permitir uma conectividade de ondas alfa mais rápida e mais estabilidade, para que o cérebro atinja mais facilmente o estado de concentração.

PROTOCOLO 2

O segundo protocolo envolve o uso de um dispositivo de estimulação transcraniana de corrente contínua (Tdcs) configurado para a Nissan pelo Instituto PlatoScience, cujo objetivo é aumentar os níveis de atenção durante sessões mais longas e intensas. Se os pilotos puderem usar o dispositivo em vários períodos durante o fim de semana de corrida, principalmente durante um fim de semana em que o calor e o fuso horário tiverem grande influência importante no rendimento dos pilotos, talvez seja possível ajudá-los a se concentrar de forma mais eficiente.

Sobre a Fórmula E

Desde seu nascimento, no final de 2014, a Fórmula E se caracteriza por ser uma competição automobilística realizada em circuitos urbanos, com o objetivo de oferecer ao público um esporte sustentável e não poluente, que permita demonstrar a máxima performance dos veículos eléctricos.

Contar com uma equipe que compete na Fórmula E é fundamental para o desenvolvimento dos veículos elétricos de série da Nissan que, com sua participação no campeonato, fortalece seu compromisso de longo prazo com a eletrificação e a sustentabilidade, anunciado em seu plano estratégico Ambition 2030. Como parte de sua meta de atingir a neutralidade de carbono em todas suas operações e no ciclo de vida de seus produtos até 2050, a Nissan pretende eletrificar todos os novos veículos comercializados até o início da década de 2030, nos principais mercados.

Para reforçar este compromisso, a empresa fez importantes anúncios nos últimos meses de 2022. O primeiro foi em abril, quando comunicou a aquisição da equipe de corridas e.dams, assumindo por completo sua participação no Campeonato Mundial ABB FIA de Fórmula. A equipe tem atualmente sua sede em Le Mans, na França. Esta aquisição é um passo natural para que a montadora japonesa assuma o total controle de seu programa na Fórmula E, competindo com uma equipe própria.

Além disso, em junho a Nissan e a McLaren Racing anunciaram uma parceria técnica, que deve iniciar na temporada 2022/23 do Campeonato Mundial de Fórmula E. A Nissan fornecerá sua tecnologia de motorização elétrica à famosa equipe britânica durante toda a era da Geração 3 da Fórmula E. Por meio desta parceria, a Nissan e a McLaren Racing vão trabalhar de mãos dadas para competir com outras marcas de sucesso, em uma das categorias mais avançadas tecnicamente no mundo.

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