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Você sabe como frear o carro corretamente em uma emergência?

Até mesmo o mais cuidadoso dos motoristas pode enfrentar uma situação de emergência: nesses momentos, o conhecimento é um aliado para evitar acidentes. Uma das medidas essenciais é saber como frear o carro adequadamente.

Confira as dicas de frenagem abaixo:

Antes de vivenciar a iminência de um acidente, o motorista deve conhecer o sistema de freio do próprio carro. É o que recomenda Sílvia Iombriller, engenheira mecânica, professora e consultora da Sociedade de Engenheiros da Mobilidade do Brasil (SAE Brasil).

Ela explica que é essencial saber se o veículo tem ou não sistema ABS. Isso porque, ao frear um carro equipado com esse dispositivo, o motorista pode sentir trepidações no pedal. Nesses casos, tal fenômeno é absolutamente normal.

Iombriller esclarece que essa trepidação ocorre devido a variações de pressão na linha hidráulica do sistema de freios, causadas justamente pela ação do ABS. “Se o motorista não sabe, pode se assustar e tirar o pé do pedal; nesse caso, o carro não vai frear corretamente”.

Em um veículo equipado com ABS, a engenheira explica que basta pisar no pedal com toda a força, independentemente de ocorrerem trepidações. O sistema vai evitar o travamento das rodas e, consequentemente, o motorista não perderá o controle, mesmo se a pista estiver molhada.

Como frear corretamente um carro sem ABS?

E se o veículo não for equipado com o sistema ABS? Nesses casos, em teoria, a maior eficiência ocorre quando o motorista faz uma modulação do pedal de freio, evitando o travamento das rodas.

Iombriller, porém, não recomenda que essa manobra seja tentada em um momento de pânico sem treinamento prévio. Isso porque tal procedimento não é intuitivo e exige prática. “Um motorista comum não vai conseguir fazer uma modulação correta em uma situação de emergência e pode acabar aumentando o espaço de frenagem”, sintetiza.

Modulação do pedal para frear o carro em situações de emergência exige treinamento
Modulação do pedal em frenagens de emergência exige treinamento (foto: Shutterstock)

Assim, em piso seco, a engenheira aconselha a frear com força máxima, independentemente de o carro ser ou não equipado com ABS, a menos que o motorista tenha prática com a modulação do pedal. Ela pondera que, mesmo que essa manobra não seja, em tese, a ideal, ao menos o condutor conseguirá imobilizar o veículo em um espaço ainda curto.

Em pistas molhadas ou em curvas, porém, a situação é de maior risco. Nesses casos, o travamento das rodas pode causar a perda do controle da direção até mesmo para motoristas que dominam a técnica de modulação dos freios. Isso porque o pedal freia todo o sistema simultaneamente, enquanto o ABS consegue atuar individualmente em cada roda.

Por conseguinte, a engenheira reforça a importância do equipamento de segurança: “Ter o ABS é a diferença entre continuar ao volante ou virar passageiro”, adverte Iombriller.

A única alternativa para quem não tem um carro com ABS, então, é redobrar os cuidados básicos e evitar ao máximo ter que frear bruscamente. A especialista da SAE destaca a importância de manter maior distancia do veículo a frente e reduzir a velocidade quando houver chuva.

Como saber se meu carro tem freio ABS?

Desde 2014, todos os carros novos vendidos no Brasil vêm equipados, obrigatoriamente, com o freio ABS. Se o veículo tiver sido fabricado antes disso, o motorista deve consultar o manual do proprietário para obter informações.

Vale lembrar que todos os veículos equipados com o freio ABS trazem uma luz de alerta no painel. Ela serve para indicar se há algum tipo de problema, mas deve acender por alguns segundos sempre que o o motorista ligar a ignição. Portanto, a verificação é simples: se não houver luz, tampouco há ABS.

Manutenção é essencial

Iombriller pontua que algumas pessoas têm queixas sobre a frenagem do próprio carro simplesmente porque não fazem a manutenção correta. Além de seguir o calendário de revisões, ela salienta a importância do material de atrito: o condutor deve manter corretamente os principais componentes do sistema, como discos, pastilhas, lonas, tambores e o fluido de freio.

“O motorista deve buscar a peça original ou a mais próxima da original, de boa qualidade”, afirma a engenheira. Além disso, ela lembra que o carro não vai frear adequadamente se os pneus estiverem carecas ou se houver desalinhamento da direção.

*Com informações da KBB

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