Em fevereiro a Ford lançou no Brasil a Picape Ford Maverick, o primeiro produto totalmente novo da marca depois de ter se tornado apenas importadora no país. A ideia de…
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Em fevereiro a Ford lançou no Brasil a Picape Ford Maverick, o primeiro produto totalmente novo da marca depois de ter se tornado apenas importadora no país. A ideia de usar esse nome é para disputar não somente no segmento de picapes, mas também no de SUVs. Devido ao preço inicial de R$ 239.990 e a tudo que ela pode oferecer ao comprador, a picape Maverick também pode brigar com modelos como Jeep Compass e Commander e até mesmo com os mais luxuosos Land Rover Discovery Sport e BMW X4.
Mas e a Ford Ranger? A Maverick fica exatamente entre a Ranger de entrada (2.2 diesel – mais barata) e as opções topo de linha Storm, XLT e Limited (mais caras), que usam o motor 3.2 turbodiesel e têm tração nas quatro rodas.
Porém, mesmo a Ford não assumindo, a principal batalha da Maverick é diretamente com a Fiat Toro Ultra, que lidera a faixa das picapes intermediárias e médias e, quem sabe, abocanhar uma fatia das maiores Toyota Hilux, VW Amarok e Chevrolet S10.
A motorização da Ford Maverick é muito boa. Ela traz o forte motor turbo 2.0 Ecoboost, com injeção direta de combustível que entrega 253 cv de potência e 38,7 kgfm de torque somente a gasolina.
Esse motor é comandado por um câmbio automático de oito marchas com tração integral sob demanda, o AWD. Ele é um sistema eletrônico de tração que faz alusão ao 4×4 – na reduzida, por exemplo, trabalha com base no freio a motor, dando maior tração em subidas e descidas.
Além de força, o conjunto mecânico também atende aos consumidores que procuram desempenho esportivo. Mesmo com uma velocidade limitada a 175 km/h, sua aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 7,2 segundos. O consumo fica na faixa de 8,8 km/l na cidade e 11,1 km/l na rodovia.
Porém, para alcançar esses números, a Ford precisou fazer algumas adaptações para atender às especificações nacionais de consumo e emissões. O motor foi calibrado para “reconhecer” a gasolina brasileira e foi feito ajuste na relação das marchas, deixando-a mais longa.
A Ford também modificou o conjunto de suspensão HRS (hydraulic rebound stop), independente nos dois eixos com braços múltiplos e amortecedores hidráulicos na traseira. Dessa forma, o veículo se destaca melhor na estrada, com bastante conforto e dirigibilidade, e deixando de lado o ambiente rural e uso para cargas mais pesadas.
O marketing da Ford afirma que a picape Maverick carrega um estilo mais urbano, com linhas robustas e um visual mais “quadrado”, chamado por eles de boxer. Mas, traz também a versatilidade da já conhecida “raça forte”.
Essa proximidade com o público urbano se dá quando vemos as medidas da Maverick. Ainda quando se compara à Ranger, as medidas da nova picape são um pouco menores – cerca de 0,30 cm menor no comprimento e mais próxima ao chão. Ela mede 5,11 m de comprimento, 1,74 m de altura e 1,84 m de largura (sem espelhos), com entre-eixos de 3,07 m.
É possível dizer, ainda, que a Maverick é uma sucessora da antiga Ranger Splash de 1995, só que mais esportiva e moderna, e com melhores acessos à cabine e caçamba.
Ela chega ao Brasil com apenas uma versão, com destaque ao pacote FX4, que inclui rodas de 17” e pneus Pirelli Scorpion ATR 225/65.
Por conta de sua versatilidade ao servir para as atividades diárias e viagens, tal como um SUV ela tem cabine dupla e quatro portas. O diferencial é que com a caçamba, o proprietário tem um espaço amplo de 1,34 m x 1,35 m e 0,52 cm de altura nesse compartimento. Volumetricamente significa uma capacidade de 943 litros, ou uma carga de até 617 kg.
O ambiente interno é espaçoso e arejado, devido à grande área envidraçada. O acabamento preza mais para o lado moderno do que luxuoso. A ideia de amplitude também é percebida pelo uso de cores mais claras que vão do teto branco ao azul acobreado dos painéis e outras superfícies.
Um detalhe interessante fica por conta dos puxadores das portas: eles têm um formato aberto e, de acordo com a Ford, essa forma permite ancorar uma bicicleta no banco traseiro.
Sobre conforto, o veículo é cheio de itens: conta com ar-condicionado de duas zonas, volante multifuncional com assistente elétrico, chave inteligente, comando da caçamba junto aos botões do vidro elétrico e banco em dois tons, porém, somente o do motorista tem ajustes elétricos para até oito posições.
De porta-objetos os ocupantes não têm do que reclamar; há um suporte para garrafas de 1 litro e outros dois para garrafas de 600 ml; porta-chaves e copo no console central e bandeja para celular. Na cabine encontram-se quatro portas USB (tipo A e C), mas sem carregador por indução. Também existe uma caixa estanque sob o banco traseiro com capacidade para 73 litros.
O painel de instrumentos conta com uma tela central digital acompanhada por mostradores analógicos em alta definição. Ele é uma evolução do painel utilizado no Ford Fusion. No centro do console está a tela multimídia de 6”, apenas. No entanto, curiosamente há um espaço vazio ao lado da tela, o que possibilitaria sua expansão, podendo deixar o sistema Sync mais sofisticado.
A Ford Maverick traz o sistema Ford Pass, que deixa o motorista informado, via aplicativo no celular, sobre dados do veículo como pressão dos pneus, nível do combustível, manual do proprietário e agendamento de serviços. Também é possível acionar o alarme, ligar o carro e o ar-condicionado, tudo pelo celular. Além, claro, de ter Android Auto e Apple Carplay.
Dentro do segmento, a Maverick tem o básico e necessário: sete air-bags, frenagem pós-colisão, frenagem automática com detecção de pedestres a até 50 km/h, controles de tração e estabilidade, farol automático, controle de descida e câmera de ré.
Existem também alguns segredos guardados na caçamba, como preparação elétrica para instalação de compressores a ar, furações e espaçamentos que permitem adicionar barras customizadas e até um abridor de garrafas embutido na lateral da tampa.
Quando se fala em tamanho, a Maverick é maior que a Fiat Toro, que tem 13 cm a menos de comprimento e 8 cm a menos no entre-eixos. Mas em altura e largura elas apresentam as mesmas medidas. Uma vantagem da Toro é que ela foi pensada para as ruas brasileiras, assim, tem vão livre 0,2 cm maior que a Maverick.
Na motorização, a Toro perde potência com o motor turbodiesel 2.0, com 170 cv, e é mais lenta nas acelerações e retomadas, levando 12 segundos no 0 a 100 km/h. Porém, apresentam torque igual, mas que na Fiat Toro é distribuído nas quatro rodas pela tração 4×4, com opção de reduzida por caixa eletrônica. Dessa forma, a Toro tem uma capacidade off-road melhor e também bom desempenho urbano, resultando em um consumo menor tanto na estrada (12 km/l) quanto na cidade (10 km/l).
Não dá pra negar que a Ford Maverick chama muita atenção visualmente, mas isso a Fiat Toro faz desde 2016, quando foi lançada com lanternas de LED e a inovadora abertura lateral da caçamba.
Devido ao motor diesel, a Toro pode transportar até 1 tonelada, mesmo que o volume da caçamba seja menor (937 litros contra 943 litros da Maverick).
Na versão Ultra, a Toro tem santantonio, bolsa para cargas sensíveis e capota rígida com braços pneumáticos. Também traz câmera de ré, painel de instrumentos digital e tela multimídia na forma de tablet, conexão sem fio e interior todo escurecido, o que agrada os motoristas esportivos e os conectados.
A Toro cobra R$ 8.600 por revisões e outras garantias, mas a marca italiana tem mais de 530 lojas espalhadas pelo Brasil. Além disso, a Fiat tem mais possibilidades de se adequar às mudanças do mercado, pois a Toro é fabricada no Brasil, diferente da Ford Maverick, que vem do México. . Mesmo assim, a Maverick tem um pacote acertado quando se compara com os preços extras cobrados pela Fiat.
A Ford Maverick, no geral, é um carro melhor do que a Toro, pois tem um ótimo desempenho, é estilosa e segura.
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