IPI Verde 2025 zera imposto para carros sustentáveis como VW Polo, Fiat Mobi e Renault Kwid. Veja modelos e descontos do programa Carro Sustentável!
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quinta-feira, 10 de julho de 2025, o decreto que regulamenta o IPI Verde e o programa Carro Sustentável, zerando o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos compactos fabricados no Brasil que atendem a critérios ambientais. A medida, parte do programa Mover, entrou em vigor em 11 de julho, beneficiando modelos como Volkswagen Polo, Fiat Mobi, Renault Kwid, Hyundai HB20, HB20S, Chevrolet Onix, Onix Plus, e Fiat Argo (exceto versão 1.3 CVT). A iniciativa, celebrada por montadoras e concessionárias, visa estimular a produção de veículos menos poluentes, ampliar o acesso a carros de entrada e fortalecer a indústria automotiva nacional frente à concorrência de importados.
Detalhes do Programa Carro Sustentável
O programa isenta o IPI (anteriormente 5,27% para modelos 1.0) para veículos que cumprem quatro requisitos:
A lista inicial de modelos aprovados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) inclui o VW Polo (Track, Robust e TSI manual), Fiat Mobi, Renault Kwid, Hyundai HB20, HB20S, Chevrolet Onix, Onix Plus, e Fiat Argo. Os SUVs Citroën C3 e Basalt estão inscritos, mas aguardam confirmação da Stellantis. A isenção reduz, por exemplo, o preço de um carro de R$ 80 mil para cerca de R$ 75.784, uma economia de R$ 4.216.
Impacto nos Preços e Mercado
Montadoras já anunciaram descontos. A Volkswagen reduziu o Polo Track de R$ 95.790 para R$ 87.845 e a Saveiro Robust CS de R$ 109.490 para R$ 88.687. A Renault anunciou o Kwid Zen 1.0 a R$ 67.290, posicionando-o como o carro mais barato do Brasil. A Stellantis confirmou adesão com Mobi e Argo, enquanto Hyundai e Chevrolet preparam ajustes para HB20 e Onix. A Anfavea destaca que as vendas diretas, especialmente para frotistas, têm sustentado o crescimento de emplacamentos em 2025 (+4,8% no semestre), enquanto o varejo caiu 10%.
Contexto e Objetivos
O IPI Verde reformula a tributação com base em critérios ambientais, como eficiência energética, tipo de combustível (priorizando etanol), reciclabilidade e segurança. Veículos mais poluentes, como os movidos exclusivamente a gasolina ou importados, pagarão alíquotas maiores (a partir de 6,3% para carros de passeio e 3,9% para comerciais leves), compensando a renúncia fiscal. A medida, válida até dezembro de 2026, alinha-se à descarbonização e à reindustrialização, com investimentos de R$ 190 bilhões previstos até 2030. “O decreto estimula inovação, sustentabilidade e acesso a carros menos poluentes”, disse o ministro Geraldo Alckmin.
Repercussão e Limitações
A Anfavea e a Fenabrave celebraram a medida, mas especialistas alertam que os descontos podem não chegar integralmente ao consumidor final, beneficiando mais locadoras e frotistas. Em 2023, apenas 30% dos descontos de um programa semelhante foram repassados, segundo a Fipe. Modelos turbo, elétricos (como o Renault Kwid E-Tech) e importados ficam fora do programa.
Próximos Passos
Montadoras devem inscrever modelos no MDIC, que publicará uma portaria com a lista oficial de beneficiados. O governo planeja campanhas para destacar a economia e sustentabilidade dos carros, enquanto a Anfavea prevê maior produção e empregos. Acompanhe atualizações no site do MDIC (mdic.gov.br) ou no portal da Anfavea (anfavea.com.br).
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