No universo automotivo, a manutenção eficiente exerce um papel fundamental no desempenho e longevidade dos veículos. Diariamente, mecânicos enfrentam desafios que demandam soluções especializadas. Este artigo busca esclarecer algumas das perguntas mais comuns que surgem no cotidiano desses profissionais, destacando os pontos críticos que impactam diretamente no período de eficácia e na manutenção das velas, […]
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No universo automotivo, a manutenção eficiente exerce um papel fundamental no desempenho e longevidade dos veículos. Diariamente, mecânicos enfrentam desafios que demandam soluções especializadas. Este artigo busca esclarecer algumas das perguntas mais comuns que surgem no cotidiano desses profissionais, destacando os pontos críticos que impactam diretamente no período de eficácia e na manutenção das velas, nos procedimentos de avaliação dos sensores de oxigênio, bem como nos elementos que influenciam a longevidade das bobinas.
Começando pelas velas de ignição, precisamos abordar a problemática da sua carbonização – fenômeno derivado do acúmulo de resíduos de combustível na ponta ignífera. Esse depósito, proveniente do combustível não queimado, torna-se condutor de eletricidade, resultando em perda de isolamento. Acima de 450°C ocorre a autolimpeza, restaurando a eficiência da ignição. No entanto, durante esse processo, podem surgir dificuldades na partida, aumento de consumo e outras falhas, muitas vezes sendo necessária a substituição das velas. Também é preciso verificar o real motivo da carbonização.
No contexto da durabilidade das velas de ignição, convém salientar que essa característica é estabelecida pela montadora durante o desenvolvimento do veículo. A introdução de velas especiais, como as Iridium IX e Platina G-Power, é uma opção rápida, fácil e econômica para melhorar tanto o sistema de ignição, quanto a performance e a dirigibilidade do carro. Em alguns casos, como em velocidades constantes, pode aprimorar o consumo de combustível.
Muitas montadoras já utilizam a linha de velas especiais Laser Platinum e Laser Iridium como equipamento original. Esses componentes associam um melhor desempenho a uma grande durabilidade, porém cada montadora possui uma recomendação de troca diferente, portanto é importante consultar o plano de manutenção do veículo.
Adicionalmente, é desaconselhável a prática da limpeza das velas, uma vez que o uso de escovas de aço pode danificar os eletrodos, gerando seu arredondamento. A remoção do banho de proteção do castelo metálico favorece o ataque da superfície, o que pode levar a processos de oxidação do metal. O depósito de resíduos de metal na ponta do isolador cerâmico reduz a sua isolação elétrica, possibilitando o aparecimento de falhas.
No que diz respeito a outros componentes, como as bobinas de ignição, o desgaste excessivo das velas de ignição é apontado como o principal motivo para a redução da vida útil da bobina. Falhas na tensão de alimentação provocadas por problemas de alternador e no tempo de carregamento das bobinas devido a ocorrências nos módulos de injeção contribuem para o superaquecimento e danos às bobinas. Portanto, a atenção aos detalhes durante a manutenção é crucial para evitar futuras dores de cabeça.
No caso dos sensores de oxigênio, deve-se medir a resistência e a tensão do aquecedor, além de verificar o sinal gerado pelo sensor. O sinal do sensor de oxigênio é utilizado pelo módulo de injeção para ajustar o tempo de injeção, monitorando, dessa forma, a condição da mistura que já foi queimada. Quando observamos um sinal de risco devemos primeiramente verificar se o sistema de injeção está com uma mistura ar/combustível pobre ou rica. Diagnosticar com precisão é essencial para não acontecerem substituições desnecessárias, otimizando o tempo e os recursos dos reparadores.
Nos motores a Diesel, a vida útil das velas aquecedoras está diretamente vinculada aos ciclos de aquecimento do sistema de partida, sendo recomendável a inspeção de seu correto funcionamento. Dificuldade na partida e presença de fumaça branca durante a fase fria indicam problemas no sistema. Recomenda-se, nesses casos, a substituição do conjunto, uma vez que a queima de uma vela pode indicar o final da vida útil das demais por trabalharem em conjunto e terem o mesmo período de trabalho, gerando contratempos iminentes nas outras.
Esses insights são valiosos para auxiliar os mecânicos para uma plena resolução de desafios relacionados a velas de ignição, bobinas, sensores de oxigênio e velas aquecedoras. A importância de diagnósticos precisos deixa clara a necessidade de abordagens cuidadosas na manutenção automotiva, proporcionando soluções específicas para os problemas identificados e contribuindo para a eficiência global dos sistemas automotivos. Ao seguir essas dicas, os reparadores otimizam o desempenho dos veículos enquanto promovem sua confiabilidade e durabilidade.
*Hiromori Mori é consultor de Assistência Técnica da Niterra do Brasil
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